sábado, 5 de julho de 2008

O desenho no Rio Grande do Norte




O desenho no Rio Grande do Norte:
tradição da renovação

O desenho está no princípio. Numa metáfora de termos familiares, ele é o pai das artes visuais porque pode a tudo anteceder ou, como diz o desenhista e pintor Jomar Jackson, ele é o marido da pintura, assim como o pode ser da escultura e dos demais meios de produção artística visual, por que está à frente, abrindo caminho. Além de ser, assim, um meio ou uma fundação, o desenho também se finda em si como uma modalidade autônoma, rica em suas possibilidades de variação formal e em sua capacidade de trazer à tona, daqueles que o praticam, os projetos, os desejos e os desígnios – desenhos, como nos descobre Villanova Artigas. É assim como uma forma acabada de arte que o desenho tem sido praticado no Rio Grande do Norte, pelo menos, desde o momento das vanguardas modernistas, de acordo com o recorte histórico operado pela curadoria desta exposição, que arrola uma produção realizada nos últimos oitenta anos.
Trata-se de uma trajetória em que a associação ao ímpeto renovador do modernismo se faz presente, acentuando-se, embora tardia mas principalmente, nos esforços de Newton Navarro e Dorian Gray, no início dos anos cinqüenta do século passado. Desenhar o que há por vir passou assim a compor, também entre nós, o que Harold Rosenberg chamou de “a tradição do novo”, criada pelo modernismo artístico. A excelência mostrada por estes mestres da linha, à qual se antecede o trabalho do desenhista gráfico Erasmo Xavier, nos parece dominar ou se sobrepor a outras habilidades artísticas, como a de pintar, quando se tenta reconstruir uma perspectiva panorâmica das artes visuais locais. Evidentemente, isto se apresenta a partir de quando os artistas elegem o desenho em sua autonomia e como produto final de suas obras, fazendo apenas esporádicas complementações com a cor ou com processos de recorte-colagem, este também entendido como próprio do fazer gráfico.
Considerando isso como um fato, a exposição que é agora produzida pelo SESC-RN procura demonstra-lo, mediando-se por uma amostragem preciosa, não obstante claras lacunas que poderão ser sentidas e reclamadas. Para traçar a pretendida panorâmica, as obras constantes da amostragem foram organizadas em núcleos, de modo a constituir uma linha cronológica em que se observaram as épocas do surgimento de cada artista representado no meio artístico potiguar. Neste, sentido não se teve em conta aspectos formais que lhes pudessem definir a posição numa possível linha de evolução estilística.
Desta forma, no Núcleo Histórico, apresentam-se artistas que iniciaram a promoveram a valorização do desenho até o momento da consolidação do modernismo, nos anos setenta do século passado. No Núcleo dos Recriadores, estão representados aqueles artistas que definiram a tradição gráfica, mas estiveram sintonizados com as chamadas últimas vanguardas, assim como também os que se engajaram nas novas tendências ditas pós-modernas, em particular no que se refere às revisões do modernismo, até ao final do século. No terceiro Núcleo dos Novos Desenhistas, mostram-se artistas que, no século XXI, mantêm o desenho como parte de seu trabalho, a par de suas produções com outros meios contemporâneos. Por fim e à parte, criou-se um Núcleo dos Quadrinhistas em que se representam os artistas quase que exclusivamente dedicados ao desenho das histórias em quadrinhos ou às chamadas artes gráficas.
Assim composta, a exposição visa contribuir para uma história das artes do Rio Grande do Norte, ao tempo em que chamar a atenção para a qualidade de seus artistas e a necessidade de conserva-los vivos na memória da sociedade.


Vicente Vitoriano, curador.


(Imagem do desenho ao que se deu o título "Ave", de Vinícius Dantas.




sexta-feira, 4 de julho de 2008

Apresentação de Juliano Ferreira

Para ver os detalhes, clique na imagem.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Grandes Momentos

"Oh, não!"

Inscrições para o Programa Santander Universidades de Mobilidade Nacional

Estão abertas as inscrições para o Programa Santander Universidades de Mobilidade Nacional. Serão disponibilizadas 10 bolsas para alunos matriculados em cursos regulares de graduação da UFRN, cada uma no valor de R$ 2.500,00.

A distribuição das bolsas será da seguinte forma: seis para os cursos do Campus de Natal (uma - Centro de Biociências; uma - Centro de Tecnologia; uma - Centro de Ciências Exatas e da Terra; uma - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes; uma - Centro de Ciências Sociais Aplicadas; uma - Centro de Ciências da Saúde). Três bolsas para alunos vinculados a curso do Centro de Ensino Superior do Seridó (Campi de Caicó e Currais Novos); e uma bolsa para aluno de qualquer curso regular de graduação da UFRN.

As instituições destinatárias dos alunos da UFRN são a Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade de Campinas, Universidade de Caxias do Sul, Universidade Federal Fluminense, Universidade Estadual Paulista, Centro Universitário de Brasília.

O Programa Santander Universidades de Mobilidade Nacional foi instituído pelo Banco Santander S/A, e tem como objetivo fazer com que estudantes de graduação realizem estudos em universidades de outros estados.Para concorrer à seleção, o aluno deve ter ingressado na UFRN no período letivo 2006.2 ou anterior; ter cursado componentes curriculares em no mínimo quatro períodos letivos; o Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) maior ou igual a 7,5; ter se matriculado no período letivo 2008.1; e não ter ingressado na UFRN por meio do Programa de Estudantes Convênio de Graduação.

As inscrições devem ser entregues até o dia quatro de julho, no horário de 8h30 as 11h30 e das 14h30 às 17h30, no Protocolo do Departamento de Administração Escolar da Pró-Reitoria de Graduação, localizado no Prédio da Reitoria, para os alunos vinculados a cursos sediados em Natal.

Para alunos vinculados a cursos sediados em Currais Novos, as inscrições serão realizadas na Secretaria do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, no horário das 14 às 17h e das 19 às 21h. Já os alunos vinculados a cursos sediados em Caicó as inscrições podem ser feitas na Secretaria do Centro de Ensino Superior do Seridó, no horário das 8 às 11h e das 19 às 21h.

No ato da inscrição o aluno deverá entregar formulário de inscrição disponível no endereço eletrônico www.prograd.ufrn.br, devidamente preenchido e por ele assinado, além do histórico escolar.

Fonte: agecom, ufrn.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Festival Conexões Tecnológicas - Resultado

Festival Conexões Tecnológicas
O júri de seleção do Festival Conexões Tecnológicas definiu os 10 trabalhos que irão para a etapa de premiação, confira:

ADILSON BERNARDO SILVESTRE - Belo Horizonte (MG)
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

ANDRÉ GÓES MINTZ - Belo Horizonte (MG)
Universidade Federal de Minas Gerais

ELAINE CRISTINA BRISQUE - São Paulo (SP)
Centro Universitário Senac

JAMES ZORTÉA GOMES - Canoas (RS)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

LUISY ISABELLE SILVA - Belo Horizonte (MG)
Universidade Federal de Minas Gerais

MAURÍCIO CONCATTO - Caxias do Sul (RS)
Universidade de Caxias do Sul

MÔNICA DE FREITAS VALLE PUOLI - São Paulo (SP)
Faculdade Armando Álvares Penteado

RICARDO COIMBRA DA ROCHA - Porto Alegre (RS)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

ROMY POCZTARUK - Porto Alegre (RS)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

SANDRO ROBERTO FETTER - Porto Alegre (RS)
Centro Universitário Ritter dos Reis

Os 3 trabalhos premiados e as 7 menções honrosas serão divulgados a partir do dia 07 de julho no site do Prêmio Sergio Motta.

A próxima etapa será composta pelos seguintes profissionais:
Giselle Beiguelman, Marion Strecker e Ricardo Ribenboim.

Realização: Instituto Sergio Motta e Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia
Patrocínio: Telefônica
Apoio: Secretaria de Ensino Superior, Governo do Estado de São Paulo e Minc

segunda-feira, 30 de junho de 2008

domingo, 29 de junho de 2008

Futebol e Arte

Não sei se futebol é arte, mas, certamente, para perder estes dez gols praticamente feitos somente sendo, em algum sentido, um verdadeiro artista.

PS.: Quanto ao termo "gols", desculpo-me pelo barbarismo, mas preferi-o ao "golos", não concordam?