terça-feira, 1 de abril de 2008

Décima Primeira Questão de 2008.1: O "Eres lo que lees" e a Moralidade

Em 2007, o artista Guillermo Habacuc Vargas, da Costa Rica, expôs Natividad, um cão faminto e com muita sede, em uma galeria de artes. Na parede, acima do cão mas fora de seu alcance, o artista escreveu com ração a frase “Eres lo que lees”. A idéia era deixar o cão morrer de fome e sede. A obra, diferentemente de “O Terço Erótico”, não foi censurada e o cão, efetivamente, morreu na frente de todos, finalizando assim a performance artística planejada pelo artista. Para saber mais sobre o caso, clique aqui. Para ver mais fotos, clique aqui.
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Quanto à questão, ela é a seguinte: A omissão em não censurar a obra (salvando a vida do cão) foi correta ou, do contrário, o cão deveria morrer em nome da liberdade de expressão artística? Fundamente a sua resposta.
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Note que esta questão é a primeira da 2AV e vale dois pontos, de acordo com o exposto na seção "Avaliações" do site da disciplina.

43 comentários:

Anônimo disse...

Expressão artística?!Isso se chama crueldade!!!!Claro que a obra, que nem de longe deve ser tida como de arte, deveria ter sido barrada na exposição!
Como um homem que se diz artista faz uma barbaridade dessas!Por que ele não se colocou no lugar do pobre animal, e ficou exposto até morrer de fome e sede?Passaria sua mensagem, morreria em nome da sua "arte doentia" e pronto!

CAROLINE MICHELLE FIGUEIREDO PEREIRA
200606174

Anônimo disse...

Essa questão tem muito da questão anterior “O Terço Erótico”, pelo menos para mim por ter tomado posicionamento diferente. Quando limites éticos, morais, impostos pela sociedade e que são considerados pela maioria como regras de boa convivência são molestados, a censura é correta. O nome censura é abusivo, medonho, mas, onde está o direito dos outros, neste caso do cãozinho que foi maltratado até a morte.
Por que ninguém reclamou? Será que se alguém tivesse manifestado uma opinião contra o estado lastimável do cãozinho, não seria interpretado como censura? E aí, vamos deixar alguns loucos, para mim não são artistas, em nome de uma possível arte, fazer o que quiserem e vamos sempre nos omitir?
Como o propósito do ”O Terço Erótico” era chocar, o do cãozinho era cometer assassinato. Mas, será que o tal “artista” esperava que existisse alguém menos idiota que ele e tirasse o cãozinho de lá? Ninguém era obrigado a aceitar o que ele fez só que as pessoas se calaram e o deixaram morrer.
Pior que a censura, é a omissão, é cruzar os braços para as barbaridades da vida. Muitas tragédias e mortes já aconteceram em nome dessa omissão, de pessoas fracas que nunca tem posicionamento. A omissão em não censurar a “obra” (salvando a vida do cão) não foi correta. Alguém deveria ter censurado, não deixando o pobre animal ser massacrado em nome da liberdade de expressão artística. Que expressão artística? assassinato de animais agora mudou de nome?
Censura incomoda, mas também salva vidas.
200606360 – Vera Lúcia das Chagas Faustino Alves

Tassos Lycurgo disse...

Houve reclamações de muitas pessoas (muitos pediram para que alimentassem o cão), mas o artista se mostrou irredutível, pois um dos pontos que ele queria levantar era o de que há vários cães morrendo de fome pelas ruas e ninguém se incomoda com eles, mas quando um desses animais é transportado para uma obra artística, todos passam a achar um verdadeiro absurdo... Bom, esta foi a posição do artista.

Anônimo disse...

É verdade sim que não só cães como muitos outros animais estão jogados na rua e passando fome, mas do mesmo jeito que eles estão na rua e passando fome estão inúmeros seres humanos na mesma situação!
Eu pergunto agora porque esse “artista” não colocou uma pessoa no lugar do cão ou junto do cão nessa tal obra intitulada “Eres lo que lees”. Pergunto também já que existem tantos seres humanos passando fome sem receberem a menor atenção de quem passa ao lado, se é plausível mesmo, só por causa dessa afirmação de que não recebem atenção, coloca-los em um museu para la morrerem de fome?
Esse argumento de que existem inúmeros cães na rua e que ninguém da a menor atenção não é valido, isso é mera desculpa esfarrapada, assim por dizer.
Desde quando assassinato é arte?Isso é uma completa imbecilidade, falta de moral, de caráter entre outras coisas, tanto de quem fez quanto de quem aprovou a apresentação de tal “arte”.
Diogo 200505006

Tassos Lycurgo disse...

Só gostaria de lembrar que, tecnicamente, para o Direito, só há assassinato de pessoa e cachorro é coisa, o que não invalida, contudo, o elemento moral em discussão.

Unknown disse...

Sabendo que a intenção do artísta era mesmo essa, a culpa perde um pouco da sua intensidade, mas, sem dúvida, essa é mais uma obra "barra-pesada".
A sociedade não vê, ou fingi que não vê, a morte de vários cachorros e não faz nada, nem comentam. Faço uma relação com os seres humanos, muitos desabrigados e mendigos morrem e a grande maioria das pessoas dá de ombros, mas, basta que uma pessoa, isoladamente, provoque isso para que uma coisa banal passe a ser uma crueldade.

Rapahel Dantas, 200606352.

Anônimo disse...

Camilo de Lelis M. do Nascimento
Mat. 200710729

Por que esse camarada não amarrou a si mesmo? Seria uma postura mais humana e mais heróica: "vejam, ele morreu por aquilo de defendia!" diriam os espectadores. Está mais que provado que nem tudo é arte. Neste caso, não passou de uma terrível crueldade!
Há muitas formas de se chamar a atenção para uma questão, sem necessariamente ter que ir ao extremo de tirar a vida de outrem, seja animal ou pessoa. Eu, pessoalmente, sou contra esse tipo de expressão.

Anônimo disse...

Djair J. O. Junior

Neste caso mesmo com a intenção do artista em denunciar o descaso da sociedade com relações aos animais, o que é verdade muitos deles estão abandonados e morrendo de fome, acredito que mais uma vez esbarramos numa questão ética muito importante: O direito à vida. E também um grande questionamento: posso matar pra fazer arte? Um cão também tem vida, e ai? A expressão artística deve se sobrepor ao direito de viver? Qual o limite da arte, diante da sociedade? Em nome da arte podemos ser cruel? Aqui no Brasil o que ele cometeu foi uma contravenção penal, crueldade contra animais, infringiu a lei. Portanto, deveria ser punido por isso? Ou em nome da arte posso cometer crimes?
Mais uma vez percebemos que a arte não pode estar alheia a tudo e fugir de determinadas regras da sociedade. Esta suposta obra de arte era pra ter sido censurada, pois imagine se mais adiante alguém resolve fazer o mesmo com humanos. Alguns internautas sugeriram fazer algo pior com o artista, vai que alguém acredite que estas opiniões sejam arte. Matar cãezinhos de fome, não é a única maneira de mostra o que está acontecendo com eles, que se identifique e puna os culpados, no caso dele, foi identificado, por isso devia-se tê-lo prendido, mas ao contrário recebeu um premio pela obra. Dá pra entender o motivo desse premio? Crueldade isso sim.

carla souza disse...

Tanto ele como Marcia X. conseguiu o que queriam, chocar a sociedade, transmitir uma mensagem, mostrar seu ponto de vista.
Achei um absurdo o que foi feito com o animal, mas isso acontece todos os dias em diversos lugares, animais nas ruas passando fome, frio e sede, enquanto a sociedade paga valores absurdos por alguns animais de raça, mais uma vez volto a questão das pessoas não se darem mais valor e sim atribuir valores a objetos e ao que ta na moda. Por que não cuidar de um animal que esta na rua?
Ridiculo o que foi feito, o pior é saber que nós artistas seremos julgados por algo feito por um alguem que cometeu um assassinato julgando aquele ato cruel como arte.
Carla Souza; 200610619

Anônimo disse...

É verdade que existem centenas de cachorros e outros tantos animais morrendo de fome pelas ruas, mas não é verdade que ninguém se incomoda com eles!Há pessoas que não resistem a um olhar sofrido de um animal abandonado, e fazem o que podem para ajudar; existem Ongs que tratam desses animais.A questão é que, infelizmente não é possível salvar a todos!Agora, uma pessoa pegar um animal e decidir que vai mata-lo de fome e sede, impedindo que outra pessoa o tire dessa condição, deveria ser tratado como criminoso!

CAROLINE MICHELLE FIGUEIREDO PEREIRA
200606174

Anônimo disse...

Anna Débora Cosme Da Silva
200606158

Aqui vai professor:
Diferentemente da questão anterior eu não acredito que não tenham censurado o Vargas!
O que ele fez é um ato de crueldade, nada no mundo tem o direito de tirar a vida de uma pessoa, mesmo que seja um animal. Mesmo que ele fosse um cachorro de rua que ninguém cuidasse dele ou se importasse; os animais tem sentido de sobrevivência, eles se cuidam sozinhos, o cachorro não teria morrido de fome e sede como o fizeram passar...
Onde está a igreja agora????
Ela fez um escarcéu por causa de um mero terço e agora o que diz a respeito do cachorro? A respeito de uma pessoa tirar a vida de outra?
E não venham me dizer que o cachorro não pode ser comparado com os humanos. Existem muitos humanos que não têm sequer um terço (perdoe a comparação) do sentimento e do carinho que os cachorros nos demonstram...
Ato cruel e repulsivo. É nessas horas que eu me revolto, por que esse cara não fez isso aqui? Eu teria tirado o cachorro e amarrado ele na brasa no lugar e ai de quem resolvesse tirá-lo de lá, porque aí sim alguém teria coragem de tomar satisfação...
Se eu tivesse lá...
Tinha sentado um murro na cara do Vargas pra ele aprender a deixar de ser otário.

L.A.G. disse...

Todos os dias 800 milhões de pessoas no BRASIL passam fome diariamente. E não é de hoje, que pessoas e animais passam fome. Acredito que Goya conseguiu transmitir com muito mais agressividade toda miséria humana no quadro "Saturno devorando a un hijo". Guillermo Habacuc Vargas, colocou um cachorro no meio de uma galeria para morrer de fome, apenas por puro sensacionalismo, mas se formos refletir diariamente pessoas morrem de fome em vários locais diferentes no mundo. Goya foi muito mais enfâtico em sua mensagem e não precisou sacrificar literalmente falando a vida de ninguem. Acho que nos dias de hoje, temos muitos recursos o que torna até desnecessario uma performance deste nível.

LEANDRO ALVES GARCIA
200606310

Anônimo disse...

Anna Débora Cosme Da Silva
200606158

Muitas pessoas PEDIRAM pra que ele alimentasse o cão? E ele se mostrou irredutível...
Professor, faça-me o favor!
primeiro que não tinha que pedir nada a seu ninguém, tinha que tirar o cachorro logo no vernissage. Ele se mostrou irredutível? Problema dele, passa por cima e tira o cachorro a qualquer custo!

Muito bem Leandro! Belo exemplo, Goya realmente conseguiu passar o que queria e não precisou comer filho nenhum, ele achou um meio mais plausível de dizer o que queria.
Não quer usar a pintura? Use qualquer outro meio para demonstrar o que quer, existem diversas maneiras e meios de se fazer arte.

É professor, acho que dessa vez o senhor conseguiu levantar a polêmica que queria!

Anônimo disse...

Ele foi escolhido para representar seu país na Bienal Centroamericana Honduras 2008 e a receber um prêmio por essa obra.
Assinem o abaixo assinado para que ele não receba mais prêmio nenhum por essa atrocidade:
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

Tassos Lycurgo disse...

Como este blog é um espaço absolutamente democrático, manterei a mensagem acima, mas é bom que se deixe claro que o incentivo à assinatura da petição eletrônica contra a participação de Vargas na bienal de 2008 não representa uma posição oficial da disciplina, mas provavelmente a de algum aluno indignado com a incontestável crueldade do artista.

. : Beleza é Essencial : . disse...

Também acredito que seja uma imoralidade, se é que o uso da palavra me serve. Mas enfim, pela arte tudo é possível, concordo, mas a censura também é precisa.
Se não houver uma censura por base desses aspectos, como haveram de se distinguir o que é "arte" do que é "ridicularização". Para mostrar que há animais, ou até mesmo pessoas com fome e sede não é preciso que ninguém morra, mas sim que sobrevivam, afinal muitos trabalhois beneficentes são desenvolvidos, e poruqe não dá apoio a quem necessitam desses trabalhos para sobreviver?

Imoralidade, falta de ética com a arte e com as pessoas que vivem dele e sobrevivem no mundo.


Pammela de O. Lisboa

Edson Lima disse...

Continuo contra a censura. A maior censura é aquela que é exercida pela própria pessoa. Senão como explicar as milhares de pessoas que viram a a tal exposição (classifico como ato de crueldade, mesmo)e nada fizeram? Quem nos garante que, se essa obra fosse exposta aqui em Natal muitos de nós não estaríamos assinando o livro de visitas? Onde está a auto-censura? Concordo com Vera quando ela critica as pessoas que viram o cão morrer e nada fizeram. Devem ser as mesmas pessoas que vêem crianças morrendo de fome e não conseguem se indignar.
Isso é próprio de uma sociedade em que grande parte de seus membros se acostumou a tratar cachorros como gente e a tratar gente como cachorros. Deve ser esse o motivo maior da indignação.
Nada a favor do cara, mas, ao conseguir causar polêmica ele conseguiu o que queria. Aparecer.

Edson Lima
200606239

Anônimo disse...

A omissão em não censurar a obra (salvando a vida do cão) foi correta ou, do contrário, o cão deveria morrer em nome da liberdade de expressão artística? Fundamente a sua resposta.

A conduta do artista em nome da arte foi incorreta porque ele agiu como os meios justificassem os fins e ele diz que agiu em nome da liberdade de expressão artística, que horror! Julgo que o artista queria imputar o ato de omissão que a sociedade pós-moderna permeia em seus valores e costumes, que pouco a pouco ficaram distorcidos. No entanto, essa insanidade do autor, em nome de “tal feito”, para em nome de “tal feito” ser justificado. Ora, para tal argumento vem em minha mente Miguel de Unamuno, que humildemente nos convida a uma reflexão muito profunda de nós mesmos. Vejamos o que diz Miguel de Unamuno diz de nós mesmos e de nossas ações como seres humanos: “Serei eu como acredito ser, ou como os outros acreditam que sou? Aqui é onde estas linhas se tornam confissão diante da ignorância e do desconhecido para mim mesmo. Aqui é onde eu crio a lenda onde me enterro”.

Então, o foco desse argumento reside tão somente na Ética e na Moral.

Pois bem, vejamos alguns pontos fundamentais da Ética. A palavra ética vem do grego éthos, podendo ser traduzida em dois sentidos, costume e propriedade do caráter, significando a investigação geral sobre o que é bom.
Na interpretação de Vázquez (1995, p. 12), "é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade", é a ciência dos costumes (moral). É, ainda, normativa por descobrir e elucidar as normas. Observe que quando a sociedade entra em choque comportamental, perdendo os seus conceitos morais mais intrínsecos, leva toda a ordem social ao caos, através da violência, da falta de solidariedade, do egocentrismo, da corrupção e falta de responsabilidade social... Corrompendo o futuro do próprio Estado, vez que a moral é a "matéria-prima da ética", no preceituar de Nalini (1997, p. 67).

No caso da Moral ou ética diz que é o conjunto de normas, regras e princípios historicamente variáveis que regulam o comportamento de um indivíduo para com outro e de ambos para com a sociedade. Diferencia-se das normas o qual também regula as relações entre os homens. Tem poder coercitivo emanado do Estado. A diferença está no fato de que suas normas se apóiam no peso da opinião social, na convicção interior de cada um e na força dos costumes. Daí conceitos do bem e do mal, do dever e honestidade, da consciência e honra, funcionam como categorias morais.

Agora, analisando sob a perspectiva da arte, como é o caso em tela. Pergunto, será que temos o direito de maltratar nossos semelhantes (seres humanos), plantas e animais? A pergunta está unicamente focada na palavra omissão. Novamente indago, ele (artista) que deveria concentrar a sua arte, em mostrar como as ações dos seres humanos interferem na harmonia no plano (material-moral-espiritual).
Para tal argumento gostaria de analisar passo a passo.
(1) Segundo o Artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, (UNESCO, 1978). “Nenhum animal será submetido a maus tratos e a atos cruéis; Se a morte de um animal é necessária, ela deve ser instantânea, sem dor ou angústia”. Pois bem, ele mesmo em nome da “arte”, a sua conduta violou os direitos dos animais, assim como de nós mesmos. Para não só repisar em sua altitude egoísta, em nome da arte, gostaria de dá alguns exemplos, que justifique a minha resposta negativa e de grande estranhamento de como estamos desprotegidos: “em nome da ciência”, “em nome da paz”, em fim “em nome de algo”. Vejamos algumas estatísticas, que são assustadoras: dez milhões/ano de animais são usados mundialmente, em testes de cosméticos; Exemplos:


No Draize Skin Test, raspam-se os pelos dorsais do coelho e o esparadrapo colado e puxado repetidas vezes, retiram-se camadas superficiais da pele para deixá-la em carne viva, daí o sangramento. Pergunto a mim mesmo será que essa figura está mostrando uma obra de arte?
E a Geraldine coitada com um eletrodo implantado na testa. Os fios passam através da sua cabeça, pela garganta até chegar ao estômago. Ainda bem, que Geraldine foi libertada pelo “ Animal Liberation Front” de acordo com a figura abaixo:



Macacos em sofrimentos e sendo torturados



Existem outras violações praticadas pelos artistas em nome da “arte”. O que se sabe que moralmente e eticamente devemos obedecer aos princípios dos animais, tais como: o autocontrole, o uso de eficiente anestésico; Inconsciente, prever cuidados com assepsia e prevenção de infecções; Minimizar o desconforto ou estresse, mantendo as condições gerais de saúde; Ao término devem ser sacrificados de maneira adequada, de forma rápida, indolor e irresistível; O transporte, a acomodação e a alimentação; Ao causar dor ou angústia, as experiências devem ser desenvolvidas com sedação, analgesia ou anestesia. Voltando para figura do “Cão previamente sentenciado a morte por inanição e sede por um cidadão que desconhece o mínimo dos princípios básicos inerentes a nós seres humanos, que se intitula o respeito, a maturidade, espiritual, harmonia, em fim um conviver digno entre o planeta terra, onde se insere o elemento homem-reino animal- reino vegetal.
Tenho o dever de destacar que muitos gênios da humanidade, que foram verdadeiros amantes dos animais e defensores de seus direitos. Gosto muito da célebre frase de Leonardo da Vinci, que diz: “Chegará o dia em que os homens conhecerão o intimo dos animais e, nesse dia, um crime contra qualquer um deles será considerado um crime contra a humanidade”. Abraham Lincoln, disse: 'Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais'. Este estadista é motivo de orgulho para a história americana, sem contar com o escritor francês, Victor Hugo, que explica que a proteção dos animais faz parte da moral e da consciência dos povos. Leon Tolstoi, escritor russo disse:” “Maltratar animais demonstra covardia e ignorância” e “Enquanto o homem” continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor” (Pitágoras); “A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.” (Arthur Schopenhauer); O animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades.É o que está na frente delas.” (Axel Munthe); “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante” (Albert Schweitzer);

Por que é que o sofrimento dos animais me comove tanto? Porque fazem parte da mesma comunidade a que pertenço, da mesma forma que meus próprios semelhantes.” (Émile Zola);

O justo olha pela vida dos seus animais.” (Provérbios 12:10)

“A razão de eu amar tanto o meu cachorro é porque quando chego em casa ele é o único no mundo que me trata como seu fosse “Os Beatles” (Bill Maher)
Portanto, para mim os princípios morais e éticos deverão nortear os homens que faz arte, de homens que manipulam em laboratório em nome das ciências, da humanidade, do progresso.... por não ter percebido que existem fronteiras que não podem ser cruzadas, sob pena de tornar-se prisioneiro de sua própria curiosidade.
Concluo, o meu protesto que o verdadeiro teste moral da Humanidade, o seu teste fundamental consiste na sua atitude e respeito daqueles que estão à sua mercê: no caso em tela “os animais”, chamo a atenção para os animais porque eles são desprotegidos e necessitam de amparo, respeito...assim também como nós mesmos, porém existe uma grande difirença, sabemos nos defender .... E nesse aspecto a humanidade tem sofrido um debacle fundamental, que todos os outros se originam dele. Precisamos urgentemente de resignificação das coisas, sejam elas quais forem.


Prof. Lycurgo, desculpe a minha resposta sem tão longa.... pois, faço parte da sociedade protetora dos animais...

Jucélia Maria Emerenciano Rodrigues
Matrícula 200007811

Anônimo disse...

Jucélia, claríssimos e irrefutáveis, para mim, seus argumentos.
Agora fico me perguntando uma coisa: e os milhares de animais que matamos diariamente para muitas vezes satisfazermos nossos apetites comestíveis? Que quase sempre, estão além das necessidade orgânicas?
E os rituais sacrificiais que Deus instituiu no Antigo Testamento, culminando no sacrifício (o novo "cordeiro") do seu próprio filho? O que dizer?
Ricardo Wagner de Araujo 200710893

Anônimo disse...

Jucélia, claríssimos e irrefutáveis, para mim, seus argumentos.
Agora fico me perguntando uma coisa: e os milhares de animais que matamos diariamente para muitas vezes satisfazermos nossos apetites comestíveis? Que quase sempre, estão além das necessidade orgânicas?
E os rituais sacrificiais que Deus instituiu no Antigo Testamento, culminando no sacrifício (o novo "cordeiro") do seu próprio filho? O que dizer?
Ricardo Wagner de Araujo 200710893

Anônimo disse...

Jucélia, claríssimos e irrefutáveis, para mim, seus argumentos.
Agora fico me perguntando uma coisa: e os milhares de animais que matamos diariamente para muitas vezes satisfazermos nossos apetites comestíveis? Que quase sempre, estão além das necessidade orgânicas?
E os rituais sacrificiais que Deus instituiu no Antigo Testamento, culminando no sacrifício (o novo "cordeiro") do seu próprio filho? O que dizer?
Ricardo Wagner de Araujo 200710893

Anônimo disse...

Ricardo gostei de seus questionamentos. O primeiro deles, eu acho uma crueldade matar os animais (gado, frutos do mar, enfim todos nessa ordem). Eu por exemplo, não consumo porque é da minha natureza....não consigo consumí-los....No meu ponto de vista consumiriamos apenas os seus derivados e eles morreriam velhinhos e outros motivos doenças etc.

Com relação a segunda colocação já me perguntei milhares de vez, porque Deus pedia para "sacrificar" alguns animais (cordeiros....) e teria que ser puro e sem mácula, e oferecia o seu sangue.... sinceramente eu não tenho resposta para tal argumento, acredito que só Deus sabe porque Ele fazia isso. talvez seja pela expiação de nossos pecados... mas, de que vale sacrificar um animal inocente, pois, els são tão indefesos....em troca de erros ....

Desculpe se não consegui atingir as suas indagações, mas tentei e obrigada pelas suas colocações pertinentes e inteligentes.

Jucélia Msria Emerenciano Rodrigues
Matrícula 200007811

Anônimo disse...

Acho que o que nós vivemos em termos de artes não há mais limites. Censurar poderia sim salvar a vida do animal, mas impediria de o artista expressar suas angustias, questões de modo livremente. Tudo bem q a propsta do artista era deixar o cao morrer de fome, mas o que estaria por trás dessa proposta? acho q nesse caso pode se ter um jogo do artista c o público que poderia intervir na obra e salvar o cachorro. o fato é qur também a omissão por parte do público em não fazer nada para salvar o cachorro fez com que ele falecesse.

felipe cabral

200505539

Anônimo disse...

“Só gostaria de lembrar que, tecnicamente, para o Direito, só há assassinato de pessoa e cachorro é coisa, o que não invalida, contudo, o elemento moral em discussão.”

Bom professor para o Direito só a morte de uma pessoa pode ser considerada assassinato? A morte de outro ser vivo que não o homem é considerada o que? Aceitável? Plausível? Uma fatalidade? Uma simples morte?
O Direito é falho em inúmeras coisas, existem ainda leis que se baseiam em coisas de séculos passados, leis que são aplicadas para uns e não para outros, pessoas que cometem crimes hediondos e andam na calçada livremente.
A justiça no nosso país,assim como em muitos outros, é incompetente em inúmeros casos, não digo que ela nunca acerta, mas que ela mais erra do que acerta.
O senhor vai me desculpar, mas a lei dizer que um cão é uma “coisa”, no século que estamos, onde a ciência já provou que o homem possui inúmeras semelhanças com os animais, é ridículo e engraçado ao mesmo tempo. Pois se um animal é uma “coisa” estamos igualando ele a um pedaço de papel, a uma pedra, a um grão de poeira, é ou não o caso de dar rizada saber que não só a lei como muitos ainda consideram um cachorro ou um cavalo como uma “coisa”.
Coisa é um objeto inanimado, é algo que pode ou não existir. Desde quando um ser vivo é um objeto inanimado? Desde quando um ser vivo pode ou não existir?
Um cachorro existe e é um ser animado, ele anda, ouve, come, respira, emite som e procria!
Ta na hora do reverem inúmeras leis, animal não é coisa(acima se encontra a definição de “coisa”).
Diogo 200505006

Anônimo disse...

Acredito que a posição em se omitir a censura e permitir a morte do cachorro foi incorreta Quem deu a esse o homem o direito de dispor de uma vida dessa maneira? Isolar um animal e deixa-lo morrer a mingua... os animais na rua pelo menos estão soltos, podem tentar sobreviver, e é incrível terem permitido esse tipo de crueldade, apenas para esse cara se exibir, a arte não precisa ser cruel para chamar a atenção, desde quando maltratar animais é arte? Estranho se falar em liberdade de expressão quando se priva a liberdade de viver.
Patricia Cristina 200606344

Anônimo disse...

É incorredo partindo do presupusto que se trata da vida de ser vivo, mamifero. E não é liberdade artistica é a prisão de um cachorro condenado a morte.




LEILANE ANTUNES
200706357

Anônimo disse...

Não é mais o caso de discutir liberdade artística, e sim de liberdade a vida. Deixar o cãozinho morrer sem comida ou água não foi somente mostrar a sociedade o quanto ela é omissa aos diversos cães que morrem nas ruas ou em casas de família. Mas também ser conivente com tal ação. Nesse ponto me pergunto onde estaria a censura neste momento para impedir tal ação, procurando exposições que ferem o orgulho de certas crenças e preceitos? Realmente dever-se-ia falar mais em moral. A omissão em censurar obra (se é que poderia chamar assim) de Habacuc levanta questões interessantes de conduta, até que ponto as pessoas se preocupam mais com terços desenhando pênis do que um cachorro morrendo em cárcere.

Camila Maria Grazielle Freitas
200717430

Anônimo disse...

Alex Fontes
200606140

Diz um antigo provérbio chinês:
"Cão que anda, encontra."

Uma coisa é o cara expor o animal faminto e tal, mas impedir uma "intervenção" do público, já é pura hipocrisia. Afinal, ninguém impede os cachorros de rua de catar ccomida (pelo menos, não diretamente). Muita gente inclusive (eu também) alimenta animais de rua sempre que pode (só não saio procurando eles, claro).

Isso não é expressão artística, é expressão POSER. Acho que ele generalizou a sociedade idealizando a obra. O cara não parou pra pensar nem na galera que trabalha com esse tipo de animal de rua (sociedades, ongs e tal como já foram comentados)?

Certo, "eres lo que lees", mas e cachorro lê o quê? Quer dizer que a vontade dele era usar uma pessoa, mas ia ser preso, daí colocou o bicho? Ele quis criticar o cidadão que não dá a mão ou o cidadão indigente analfabeto? Ou os dois?
Se for assim, quê que o cachorro tem a ver com isso?
Pra mim, foi uma atitude abusiva. A omissão existe (tanto é que o cão morreu), infelizmente, mas ele não foi nem isso, foi um sacana, a meu ver.

Penso como Anna Débora. Se eu tivesse visitado a exposição, teria reagido à irredutibilidade do Vargas. E se ele se metesse a besta iria levar uma "voadora nos peito". Sou contra a violência, mas ele foi covarde, afinal.
Eu levaria pro lado pessoal, se fosse o caso (que Deus me perdoe), mas não suporto covardia explícita.

Pra mim, a não-censura foi um erro.
Queria assuntar mais, mas meu tempo voou. Li mais do que escrevi...

Anônimo disse...

VANESSA KALINDRA LABRE DE OLIVEIRA
MAT:200717600

Bom, vou tentar ser o menos passional possível.
Existem quatro grandes argumentos em torno desta questão.
Primeiro se o artista tinha ou não o direito de expor um terceiro elemento à sua motivação ideológica, expondo-o à exclusão, à fome e à sede, fazendo-o sucumbir diante dos demais envolvidos.
O segundo questionamento seria o por que da perplexidade do público ao que cotidianamente ocorre nas ruas do mundo inteiro, sob os olhos daqueles que não se dão ao trabalho de olhar o próximo, seja lá qual for sua natureza.
Terceiro: Por que as pessoas que se sentiram tão aterrorizadas com o fato em si não se deram ao trabalho de alimentar o animal?
E por último até que ponto a morte do cachorro tange nossa verdadeira realidade, até que ponto matar um animal nestas circunstâncias são mais horrendas que matar um porco que morre berrando como uma criança, ou um bode pendurado pelas costas quando lhe é arrancado sua pele ainda vivo, ou até mesmo uma galinha que tem o pescoço rasgado até morrer de hemorragia. Ainda lembro aqui de uma passagem que nunca esqueci, vocês por acaso sabem como se faz um patê de ganso, aquilo que muitos de vocês compras por menos de dez reais? Pois vou contar-lhes uma historinha nada bonitinha ou saborosa...pega-se um ganso, exclui-se dos demais da mesma espécie (quase sempre) e enfiam goela abaixo através de uma fenda o equivalente a doze quilos de macarrão por dia. Os animais passam a não se movimentar mais, seus fígados se tornam três a quatro vezes maiores e eles morrem por que seus órgãos não são capazes se sustentar tamanha atrocidade. Morre do coração, morre de tanto comer.
O que eu estou querendo dizer aqui é que me sinto sim indignada com a forma de expressão que o artista escolheu e com o objeto que julgou necessário à discussão, mas que falar em monstro, atrocidade ou perplexidade é hipocrisia. Particularmente até acredito que um ideal valha uma vida, mas que seja a sua própria, a de quem pensa e sente a necessidade de tamanho ato. Expor um outro a participar do que não lhe é comum, não lhe possibilitar escolhas é horrível, mas ter a oportunidade de mudar o fato e não se mover é desumano. Não estou aqui sendo conivente com o artista, muito pelo contrário, mas o público presente à exposição tem sua parcela de culpa tão acentuada como ele e nós próprios que discutimos aqui como alguém que está a par de julgamentos, no nosso lugar confortável, voltamos para casa e comemos quem sabe torrada com patê de ganso, galinha ensopada ou bife com batatas fritas.
Precisamos refletir nossa parcela de culpa no grande matadouro que é o mundo, precisamos ser menos hipócritas em culpar o outro e precisamos pensar com sinceridade como podemos mudar esta situação. Vamos direto ao ponto ao invés de circunscrevê-lo.

Anônimo disse...

ANDRÉ LUIZ RODRIGUES BEZERRA
MAT. 200717405

Parece haver um solipsismo ad infinitum denegado a este tipo de discussão, mas já que parece exaustivamente inevitável: “avancemos todos um lugar na mesa”.
Acredito que uma leitura da obra de Habacuc possa oferecer um pouco mais do que a psicose bradada pelas audiências ou o ganir artístico associado à liberdade de expressão. O ato da morte nas sociedades ocidentais parece ter se horizontalizado a tal ponto que se tornou um ícone invisível, somente certas vezes perturbador. Defronte ao universo de imagens recorrentes da mídia jornalística é comum a seguinte seqüência paradigmática: Paquistanês – Israelense – Saudita – Palestino. Sabe o que eu penso sempre que ouço essas palavras: “as peneiras devem nascer lá”.
Ora, a memória nesse sentido é só uma função prévia e sem qualquer espaço semântico enquanto valor subjetivo (perdão tv à cabo) que defina um espaço de prospecção e crescimento das virtudes que fariam do mundo um lugar melhor.
Sabe do que adianta lembrar que a dívida externa consome aos poucos os países africanos, açoitados à décadas pela fome, AIDS, dentre outros? Sabe o que é ver seu filho se despedaçar na sua frente por pisar numa bomba fragmentária?
A obra cabe o que lhe resta. Se os homens sãos do mundo estripam crianças (Kosovo), o que um degenerado e inútil artista pode fazer para não ficar para trás? Picasso pinta Guernica e Goya o que quer que seja, mas há outra parte não maior ou menor que qualquer outra, uma parte angustiante das coisas que consome tudo, uma parte cancerígena que põe uma liga nervosa ao sangue que verte em fluxo. O cão colocado onde estava, (“porque o artista não se põe lá?”, Ghandi fez isso, outros tantos performers já fizeram e fazem isso), como dizia é só um signo de certas coisas para serem sentidas de outras formas e infelizmente não é nenhum passeio no parque.
Não louvo qualquer um por usar um terceiro neste tipo de ato. Não o louvo. Só dá pra dizer às vezes que não é uma voz suave que vai me fazer... Eu mudo o canal, as cores me distraem e eu vou me afastando até quase onde não consigo mais ver, olho o despertador, eu sempre adianto ele em cinco minutos, às vezes acordo de madrugada com aquelas cores longe, longe.

Anônimo disse...

Aí vai meu comentário

COMO PODE????
Já havia chegado ao meu conhecimento essa monstruosidade!!!
O ser humano perdeu toda noção de conduta ética! O amor já se esgotou! A misericórdia nunca existiu na vida de pessoas que fazem ou se omitem diante de tamanha maldade! “Isso” nunca foi nem será Arte!
No XI Salão de Arte Contemporânea de Natal, em um momento dos debates, foi colocada a questão da ética e moral nas Artes. Se me recordo bem, “certos tipos” do fazer arte ou promover reflexão através dela, foi por muitos na discussão reprovada.
Aprendi desde criança que o meu direito acaba, quando o direito do “outro” começa. Que direito tem o ser humano de acabar com a vida de um animal indefeso em função da defesa da arte? A que custo? De uma vida? Que arte é essa que promove a morte?
Defendo a Arte contemporânea, como já o fiz em outros comentários. Defendo que a Arte tem a função de provocar, ironizar, protestar e criticar, mas não de matar. Tantas coisas que podem causar provocações e que ao mesmo tempo podem produzir reflexões na sociedade e “quem sabe” modificações...
Gostaria de citar uma passagem “quase” parecida com essa que estamos comentando que (para quem quiser se informar melhor sobre Arte Contemporânea se encontra no livro de Michael Archer – Arte Contemporânea- Uma história consisa). “Em 1965 Joseph Beuys, apresentou sua performance Como explicar imagens a uma lebre morta. Com sua cabeça besuntada de mel e coberta com ouro em folha, Beuys ficava sentado, falando com a lebre morta em seu colo – pois as lebres entendem melhor que os humanos- enquanto o público só podia observar pela janela.”(ARCHER, Michael, p..89). Como podemos verificar “esse” tipo de arte não é de hoje que vem sendo executada. Se o artista em favor da Arte quer se ferir, se retalhar, aí é problema dele. Mas se ele em sua arte machuca, maltrata outros seres, ou mostra um animal morto, sem o mínimo de ética ou amor ...Isso é problema nosso! Não devemos nos omitir em casos como esse do cão, esperando que alguém dê o primeiro passo em denunciar! Se a arte denuncia, vamos usar da ARTE para denunciar a “arte” em respeito à vida!

Conceição Oliveira
Matr. 200606204

Anônimo disse...

Rodrigo de Paula Pessoa Freitas
MAT 200710907

Tudo tem limite. Assassinato é crime e neste caso o artista deveria ser preso por ter assassinado o cachorro com requintes de crueldade. A liberdade artística é importante porém não se pode utilizar a liberdade da arte como uma desculpa para cometer crimes. No caso anterior, aquele dos terços, nenhum crime estava sendo cometido.

redpoio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
redpoio disse...

Apesar de sentir uma simpatia pelo animal, a atitude de censurar a obra é absurda, ela estava lá com um propósito, que poderia ser atingido se toda essa crítica não tivesse sido feita em cima do autor, mas em cima da obra, ela deveria ser polêmica e gerar polêmica, a idéia que o artista mostra sobre cães de rua foi completamente ignorada e somente sua atitude foi criticada. Se pela morte o artista fosse preso ou algo do tipo e se ainda assim sua mensagem fosse transmitida teria valido a pena.

mais arte com cachorro:
Fantasia de Compensação
por Rodrigo Braga
texto sobre isso aqui

Milton Cobe 200606336

Anônimo disse...

Nenhuma vida deve ser sacrificada pela arte. Foi uma reação que não cabe a o ser racional das espécies. Segundo o próprio autor, as pessoas se chocaram pelo cão está fora do contexto natural dele que é a rua passando fome. É uma justificativa até compreensível, mas inaceitável. A sensura deveria tomar partido, mas como não tem nada de religioso - nenhum animal tem alma a não ser o homem, segundo a própria igreja. O autor poderia se expressar de outra forma usando a mesma justificativa.Isso é a arte, ela vem para fazer polêmica.

Ana Paula Almeida de Oliveira
200610589

Yuri disse...

"Você é o que você lê". Alguém aqui lembrou da célebre frase dos anos 60 "Você é o que você come"?
Eu não sou conivente com o ato do artista, realmente utilizar um terceiro para um fim próprio é um ato que é, de acordo com minha ética, errado. Mas minha ética também me guia dessa forma : Agir, não falar. Eu posso me indignar o quanto quiser aqui com o cachorro, com o capitalismo, com as criancinhas mortas nem sei mais onde de tantas que são, com muita coisa. E ir dormir tranquilo. O que eu fiz? Nada. me protegi confortavelmente em meus cobertores e dormi um sono do qual muitos, incluindo o cão citado, não gozam mais. A censura foi correta? Não sei, não posso julgar os atos deles. E se eu estivesse lá, faria alguma coisa? Também não sei. Creio que sim, mas não ponho minha mão no fogo nem por mim.
O autor quis colocar em pauta o que o discurso ("o que lês") do nosso cotidiano esconde. O que todo mundo diz que faz o melhor que pode para ajudar entra em conflito com mendigos queimados (alguém ainda se lembra?), garotos arrastados pelo asfalto a 120 km/h e índios dizimados todo dia. Alguém faz algo? Não, apenas criticamos o autor por colocar isso na nossa frente. Se não víssemos, quem iria reclamar? E aquilo que o autor nos fez ver (isto é, para aqueles que leram a obra mais profundamente)? Como é que fica? Eu, em meu comodismo, admito que faço muito pouco, se é que faço algo.
Esse mesmo discurso que esconde essas coisas poderia salvar essas pessoas se admitisse sua existência. Mas ele está fora de alcance para elas. Só nós que lemos podemos fazer algo. O cão não lê. Nós sim.
Yuri Kotke Cunha
200717626

Anônimo disse...

Uma vez ouvi alguem dizer que o absurdo nao existe na literatura, o absurdo existe na vida real. Este é mais um dos absurdos, quando vemos mais uma vez a capacidade do ser humano de nao se indignar diante de situacoes de desvalorizacao e desqualificacao da VIDA. A VIDA NAO TEM VALOR. Esta é a realidade da nossa "civilizacao moderna". A fome, a violência, a miséria, a tortura FAZEM MAIS PARTE DA NOSSA VIDA do que a compaixao, a generosidade, o amor. Agora é "dormir com uma zoada dessas..."

Isis de Castro.
200610651

Unknown disse...

Em minha opinião a obra deveria ter sido censura impedindo assim a morte do cão. Pois o direito e os princípios da vida neste caso passam por cima da arte proposta pelo artista. Se este queria demonstrar a liberdade de expressão em um animal, então porque procurou prende-lo?
Assim concluo que a Costa Rica deveria ter intercedido Guillermo Habacuc Vargas.

ANDREIA MELO
200610597

norberto disse...

Censura é uma coisa submeter um ser vivo a tortura e morte é outra,isso é um absurdo não arte.
O proximo passo desse pseudo artista deve ser colocar uma criança em sua esposição melhor seria ele mesmo se colocar nessa situação...
mat 200611283

Anônimo disse...

Verifiquem a verdadeira história antes de fazer como todo mundo faz...sai falando sem saber dos fatos.

http://www.zonapunk.com.br/ver_materia.php?id=123

Miltes

Tassos Lycurgo disse...

Oi Miltes,
Mas será que o site que você indicou no seu comentário(Zona Punk) é mais confiável do que os demais?
Abs.,
TL

Anônimo disse...

À pouco defendi a liberdade de expressão artística e sua capacidade de provocar as mais diversas reações que inclui o fato de chocar;Não me aterrorizei com os terços eróticos da mesma forma que alguns sequer foram tocados pela morte do cachorro...Aqui devo admitir que,pela primeira vez,a arte me provocou repúdio.Não concordo,acredito ser uma crueldade porém não me vejo no direito de apresentar uma argumentação acerca do que é certo ou errado,simplesmente tenho a opção de não participar,seja ela direta ou indiretamente.
È com tal postura que também posso analizar o fato de que a arte também é isso,é causar diferentes formas de reação,como citado anteriormente.Respeito as diversas formas de execução da arte,o que a torna diferenciada de qualquer outra atividade é justamente a capacidade de fazer-se fezes polêmica vezes apenas admirável.
Thais Henrique Ferreira
Mat.200611062

Anônimo disse...

Em momento algum foi dito que os visitantes não poderiam soltar o animal. Vejo esse trabalho,e consequentemente a morte do cachorro, como uma critica social a natureza humana.

Daniel E. Sonehara Muller