quarta-feira, 2 de abril de 2008

Décima Segunda Questão de 2008.1: as três revoluções da arte e a moralidade

Com base em que argumentos do texto “As três revoluções da arte”, de autoria de Orlando Fedeli (que é ferrenho defensor do Catolicismo Ultra-tradicionalista), a obra “O Terço Erótico” (v. Décima Questão) seria imoral?

20 comentários:

Anônimo disse...

Com base em que argumentos do texto “As três revoluções da arte”, de autoria de Orlando Fedeli (que é ferrenho defensor do Catolicismo Ultra-tradicionalista), a obra “O Terço Erótico” (v. Décima Questão) seria imoral?

Não considero que a obra “O Terço Erótico” seja imoral. No entanto, na questão anterior (Décima Questão) concordei com a censura e continuo com o mesmo posicionamento sou contra o uso de objetos sagrados, ou o que eles representam, se quiser confeccionar objetos como estes que usem outros meios e não usem imagens sacras, representa uma cultura, um povo, mas devemos respeitar o modo de expressão de pessoas.

Argumentos propostos para a resposta ser negativa:

(1) Não concordo quando o autor do texto diz que a Arte Moderna fez a última negação, ao repudiar a própria Beleza e o próprio ser, conseqüentemente renegando a Deus e o próprio homem, que é a sua imagem e semelhança. Segundo os argumentos propostos “As três revoluções da arte”, onde ele estudou e mostrou que as causas que destruiu as diversas formas de apresentar Deus estão no Renascimento - onde separou a beleza do bem; assim como o Romantismo, que separou a beleza da verdade. Eu gostei da escala gradativa que utilizou para salvar o seu argumento, no entanto, são inconsistentes, pois, existem outros elementos avaliativos;

(2) Discordo quando ele diz que houve à época incompatibilidade da arte com a religião, por julgar imoral o Renascimento com a Fé, por ser a arte renascentista imoral. Em seu entendimento é anti-religiosa, por existir uma nela uma oposição radical e, portanto, inconciliável entre a arte e a religião. Dessa forma, demonstra à arte renascentista a impossibilidade de conciliação entre Catolicismo e Renascimento;

(3) Outro fato marcante na trajetória de seu texto é que no Renascimento renegou todo o valor estético medieval e faz a retomada a partir da arte greco-romana. Dessa forma, considerou o Renascimento uma apostasia.

(4) Com relação a Moral e a arte.
No caso da Moral ou ética diz que é o conjunto de normas, regras e princípios historicamente variáveis que regulam o comportamento de um indivíduo para com outro e de ambos para com a sociedade. Diferencia-se das normas o qual também regula as relações entre os homens. Tem poder coercitivo emanado do Estado (Separação Estado-Igreja). A diferença está no fato de que suas normas se apóiam no peso da opinião social, na convicção interior de cada um e na força dos costumes. Daí conceitos do bem e do mal, do dever e honestidade, da consciência e honra, funcionam como categorias morais.
Assim, a arte é distinta e depende da Moral, ainda que se apresente legitimidade ao representar artisticamente o mal moral. Então, para ele, deve ser feito de tal modo que não incite nem induza ao pecado, e sim, à sua condenação. Ora, se sociedade relativista, nega a existência do bem objetivo é porque já perdeu todo senso moral, produzindo uma arte da qual toda noção de bem está banida, contudo isso não quer dizer que a arte estará em total desarmonia espiritual.

(5) Sustenta, ainda, em seu argumento, que diz que “o Renascimento foi um movimento imoral por negar a moral verdadeira”. Mas que Moral verdadeira é essa que separa a arte da moral? Será que ele está se referido a moral verdadeira a que não se baseia no temor e, portanto, está isenta de repressão? Se assim for a moral existente, embora professando amor e sentimentos nobres, acha-se baseada na segurança egoísta e no espírito de aquisição? Para essa resposta ele mesmo recorreu ao nudismo e o deboche de certas obras renascentistas, que “Muitos artistas do tempo, além disso, se ufanavam de crimes contra a natureza e faziam a apologia da sodomia. Outros foram criminosos, mas nem por isso deixaram de ser idolatrados. Benevenuto Cellini era assassino, mas um Papa o declarou acima da lei, por causa do seu extraordinário talento artístico. (Cfr. Lavisse, E. et Rambaud, A., Histoire Générale du IV Siècle à nos jours - tomo IV, pag.3)”.

(6) Para a Arte Moderna ele diz que faz a negação da própria Beleza, pois, para ele a última negação, foi repudiar a própria Beleza, que “Chegava-se ao fim do processo anti-metafísico” e a recusa de aceitar o bonum ao repúdio do verum e do pulchrum. Mas, que de fato, o que se fez foi repudiar o próprio ens(SER). A arte moderna é a suprema manifestação de uma revolta metafísica e que a essência da revolta anti-metafísica é a gnose. Mas que gnose? A “arte moderna é uma arte que repudiando o ser, renega a Deus e o próprio homem, que é a sua imagem e sua semelhança”.

Voltando a análise do “Terço erótico” insere-se na arte da contemporaneidade e a censura estabelece uma clarividência penunciada por Georges Bataille que ajuda a compreender o social e os motivos deflagradores do retrocesso do "o espírito humano tem medo de si mesmo, seus movimentos eróticos o aterrorizam" O Erotismo.
Assim como foi a minha análise para questão anterior eu torno a lembrar que a nossa constituição dar o “direito de livre expressão", mas que devemos respeitar todos os credos, raças..... isso mostra que o problema enfrentado não é só do artista, e sim de todos nós e da sociedade, de sabermos compreender as limitações humanas de cada um de nós, de compreensão de nós mesmos, ora, o artista está certo, ora a sociedade, assim vice-versa, não esquecendo jamais que em todos nós devemos respeitar as nossas diferenças para compreender nossos semelhantes.
Portanto, nos dias atuais, a moral de um povo pode corresponder à sua verdade, mas não retrata em muitos aspectos a moral inspirada nas leis divinas. Por exemplo, uma família, uma empresa, um país e uma igreja também têm a sua moral e só o estudo da ética vai dizer o quão perto estas morais estão próximas das Leis Morais criadas por Deus.

Jucélia Maria Emerenciano Rodrigues
Matrícula 200007811

Tassos Lycurgo disse...

Embora discorde em alguns pontos, considerei excelente a sua análise, Jucélia. Parabéns!

Anônimo disse...

Prof. Lycurgo

No item (2) eu disse que discordo, no entanto, a resposta é de concordancia, porque realmente aconteceu esse fato.

Gostaria de saber quais foram os pontos que vc não concordou, digo iso, para que possa aprender um pouco mais com vc.

Obrigada,
Jucélia

Tassos Lycurgo disse...

Oi Jucélia,
Poderei com prazer especificar os pontos de sua análise com os quais concordei. Peço-lhe, contudo, que espere um pouco para que o meu posicionamento não influencie o restante da turma, que deve colocar as suas idéias sobre esta questão.
Abs.,
TL

Anônimo disse...

Aí vai meu comentário

Com base no que Orlando Fedeli disserta, o terço erótico não só seria imoral, como também oposto à verdadeira arte e demoníaco, pois em seu texto ele diz que “A arte verdadeira, (...), tem que ser moral, levando a vontade de amar o bem. Uma obra imoral não é verdadeiramente artística.”, e que “A Arte moderna é diabólica”, onde o demônio atua – segundo Aniela Jafé – “no aspecto negativo, o inconsciente manifesta-se como espírito do mal, como uma propulsão destruidora”.
Para um defensor do Catolicismo Ultra-tradicionalista, um objeto como terços que fazem parte do ritual onde por meio deles são feitas às rezas da religião Católica Romana, uma peça como “O Terço Erótico” no mínimo seria um escândalo e mesclar crenças com órgãos sexuais uma afronta.
Quanto à imoralidade da obra, já comentei algo na décima questão. Mas mesmo assim quero reafirmar que não a considero imoral, e sim uma afronta aos fiéis.

Conceição Oliveira
Matr. 200606204

Edson Lima disse...

"Se a arte deve oferecer um verdadeiro bem a ser amado, deve-se perguntar se é lícita a representação do mal e do pecado."
Ensse trecho eu encontro a argumentação para condenar a obra o terço erótico, segundo a opinião tradicionalista católica (não a minha opinião). Em outras passagens o autor Orlando Fedelli afirma que a arte deve servir para a comtemplação a Deus e pode ser usada pra representar o mal desde que seja para condená-lo. Tratando do crucifixo, em sí, símbolo do catolicismo, ele afirma que o uso deturpado os conduz ao panteísmo gnóstico, ou seja um uso deturpado.

Edson Lima
200606239

Anônimo disse...

Segundo Orlando Fedeli a arte satisfaz a inteligência revelando, por meio das formas materiais, as realidades espirituais, graças à reta utilização dos símbolos. Até a expressão do gótico a arte era considerada bela pelas suas devidas utilizações de formas, sendo um elo com o sagrado. A partir do renascimento várias obras foram consideradas imorais por negar a moral verdadeira de amar as ações boas, mas respeitou muito as leis da estética, pois super exaltou a relação entre beleza e a razão. Daí o nudismo e o deboche de certas obras renascentistas.
No romantismo, belo era o agradável, o que causasse emoções sentimentais profundas. Dispensando o elemento da razão, já que há uma valorização do imaginário.
A arte moderna vai além ao negar a própria beleza da obra. Fedeli ressalta que obras modernas visam o falso, o mal e o feio, que são como que "imagens” do inimigo do Criador. A partir de idéias como estas a obra Terço Erótico seria sim considerada imoral, por tirar o nível de sacralização do terço, símbolo do catolicismo, tornando-a mais próxima do mundano.

Camila Maria Grazielle Freitas
200717430

Anônimo disse...

"A maldade está nos olhos de quem vê..." Por que a obra "O Terço Erótico" seria imoral do ponto de vista do autor, se ele próprio enfatiza o fato de que o homem é imagem e semelhança de Deus? Sendo assim, Deus também é erótico, uma vez que nós, humanidade, temos esta energia tão forte e ativa, dela dependendo inclusive nossa própria perpetuação no planeta. Ao utilizar os terços para compor figuras de pênis, a artista pode estar enfatizando o aspecto mais sagrado do homem: a fecundação para a criação de novas vidas, para o que o pênis é indispensável, assim como também representa a própria centelha divina no homem. Portanto, do meu ponto de vista, o autor não considera a obra imoral. Tudo depende da interpretação.

Isis de Castro.
200610651

Anônimo disse...

VANESSE KALINDRA LABRE DE OLIVEIRA
MAT. 200717600

Segundo Orlando Fedeli o bem está intimamente associado à verdade, à bondade e conseqüentemente às ações moralmente boas. Baseado em seu texto, a obra “O terço erótico” seria imoral por não explorar a arte, em termos de formas e símbolos que é capaz de abarcar, em favor da qualidade de Deus, pois para Fedeli “a arte é, então, um meio de conduzir a alma humana pelo caminho da contemplação de Deus através da beleza”.
Fedeli discorre ainda sobre a beleza afirmando que este elemento estético é característico de seu valor e de sua expressão simbólica enquanto glorificação no que condiz à existência de Deus. O terço erótico vai de encontro aos argumentos utilizados pelo autor no concerne exatamente ao seu caráter subversivo, que em nada contribui para o diálogo que em sua opinião deve ter a arte em favor de Deus. Logo, o que a arte produz só se torna moralmente bom e aceitável na medida em que serve a Deus, caso contrário não tem serventia ou qualidade.

Anônimo disse...

ANDRÉ LUIZ RODRIGUES BEZERRA
MAT. 200717405


Primeiramente perdão pelo tamanho desta resposta, é culpa da minha descendência portuguesa, ou isso seria com o vinho? Bem vamos lá!
Não só imoral como também demoníaca. Numa consecução temporal a arte se desfez através de seus diversos movimentos, como renascimento, romantismo, surrealismo, dadaísmo, do que haveria de mais sagrado e puro em seu interior: a beleza e a verdade.
Nesse sentido uma obra subversiva, que desprestigia e zomba de um signo sagrado, possui um caráter demoníaco, buscando uma realidade adversa e falsa em suas pretensões abusivas que engendram um homem fora do mundo tal qual deveria ser visto e lido. Assim desintegrando as perspectivas de animar o homem e ligá-lo de forma direta e clara a natureza das coisas, a realidade, a arte se faz valer de uma feiúra, de um desgosto pelo mundo, renunciando o mundo provido de Deus, maior dos erros, e adotando, como lúcifer (estrela da manhã), um instinto grotesco que visa subjugar o homem bom.
Mas há algo que mais me toca. Uma taurina cheia de cachorros que adora Wittgenstein, Kafka e Kazantzakis, e que tem uma deixa ótima numa de suas últimas entrevistas: “mesmo blasfemando muito era do sagrado que eu estava atrás”. Hilda Hilst, a quem me referi, seria ótima opção de citação para colocar meu posicionamento com relação ao senhor Fedeli. Então lá vai, e onde quer que vocês estejam Hilst com um Jack Daniel’s e Johnny Mitchel cantando ao fundo é fantástico, embora um pouco subversivo, opaco, como a outra face de mercúrio.

1
Não haverá um equívoco em tudo isso?
O que será em verdade transparência
Se a matéria que vê, é opacidade?
Nesta manhã sou e não sou minha paisagem
Terra e claridade se confundem
E o que me vê
Não sabe de si mesmo a sua imagem.

E me sabendo quilha castigada de partidas
Não quis meu canto em leveza e brando
Mas para o vosso ouvido o verso breve
Persistirá cantando.
Leve, é o que diz a boca diminuta e douta.

Serão leves as límpidas paredes
Onde descansareis vosso caminho?
Terra, tua leveza em minha mão.
Um aroma te suspende e vens a mim
Numas manhãs à procura de águas.
E ainda revestida de vaidades, te sei.
Eu mesma, sendo argila escolhida
Revesti de sombra a minha verdade.

2
Lenta será minha voz e sua longa canção.
Lentamente se adensam essas águas
Porque um todo de terra em mim se alarga.

E de constância e singeleza tanta,
Meus mortos hoje sobre um chão de linhos
Por algum tempo guardarão meu ritmo
Nos ouvidos da terra. De granito.
Pude aclarar a sombras nos oiteiros
E aquecer num sopro o vento da tarde.
Mas não vereis ainda meus prodígios
Porque haverá lideiras neste outono
E vossos olhos estarão por lá
Desocupados do sono, extremados
Para uma só visão num só caminho.

3
Quisera descansar as mãos
Como se houvesse outro destino em mim.
E castigar as falas, alimárias
Vindas de um outro mundo que não sei.
Fazê-las repetir suas longas árias
Até que a morte silencie as mandíbulas
Claras.

4
Caminho. E a verdade
É que vejo alguns portais
E entre as grades uns pássaros a leste.
Não sabem de seus passos os meus pés
Nem de mim mesma sei

Mas tantas timidizes se esvaíram
E este meu corpo agora não as tem.

E atravessando os mármores e os muros
Como se fossem mais muros de vento,
Passeio nos jazigos
E um cordeiro de pedra eu apascento.

5
Também nos claros, na manhã mais plena,
A retina ferida nesse vôo que passa além do verde,
É sempre a morte o sopro de um poema.
Entre uma pausa e outra ela ressurge
Ilharga de sol. Ah, diante do efêmero
Hei de cantar mais alto, sem o freio
De uns cantares longínquos, assustados.


O ritual sincopado das gargantas
Tinha o ruído oco de umas águas
Deitadas bem de leve em algum cântaro.
Todo o espaço se enchia desse canto
E atraía umas aves, outras tantas.

A face do meu Deus iluminou-se.
E sendo Um só, é múltiplo Seu rosto.
É uno em seus opostos, água e fogo
Têm a mesma matéria noutro rosto.
Alegrou-Se meu Deus.
Dessa morte que é vida, Se contenta.
(...)
7
O Deus de que vos falo
Não é um Deus de afagos.
É mudo. Está só. E sabe
Da grandeza do homem
(Da vileza também)
E no tempo contempla
O ser que assim se fez.

É difícil ser Deus
As coisas O comovem.
Mas não da comoção
Que vos é familiar:
Essa que vos inunda os olhos
Quando o canto da infância
Se refaz.

A comoção divina
Não tem nome.
O nascimento, a morte
O martírio do herói
Vossas crianças claras
Sob a laje,
Vossas mães
No vazio das horas.

E podereis amá-lo
Se eu vos disser serena
Sem cuidados,
Que a comoção divina
Contemplando se faz?

8
Vereis um outro tempo estranho ao vosso.
Tempo presente mas sempre um tempo só,
Onipresente.
A dimensão das ilhas eu não sei.
Será como pensardes ou como é
Vossa própria e secreta dimensão.
Às vezes pareciam infinitas
De larguras extremas e tão longas
Que o olhar desistia do horizonte
E sondava: ervas, água
Minúcias onde o tato se alegrava
Insetos, transparências delicadas
Tentando o vôo quase sempre incerto.

O peito era maior que o céu aberto.
Parávamos. E sabeis
Que o que contenta mais o peito inquieto
É olhar ao redor como quem vê
E silenciar também como quem ama.

Anônimo disse...

Segundo o autor do texto, o "Terco Erótico" seria imoral porque:

"A verdadeira arte deve alimetar a alma inteira satisfazendo a vontade, pelo bonum, a inteligência, pelo claro
conhecimento dele (verum), e a sensibilidade, pelo agrado do pulchrum. Mais ainda, deve mostrar
claramente que o bonum das coisas é um reflexo do Bonum absoluto, pois que a beleza é como que um
reflexo de Deus, nas coisas criadas. A arte verdadeira, pois, tem que ser moral, levando a vontade a amar o
bem. Uma obra imoral não é verdadeiramente artística.
Portanto, a verdadeira obra de arte deve fazer com que a inteligência compreenda imediatamente, numa
visão súbita, o bem de algo. Deve dar à inteligência uma verdade a contemplar. Para isso, ela deve
apresentar à inteligência uma idéia objetivamente verdadeira. Ela atinge essa finalidade ao representar
conveniente e claramente a verdade de um ser, sua forma, no sentido metafísico. Consegue isso quando
respeita as leis objetivas da Estética, que regem a correta expressão da beleza material de um ser: leis da
unidade, da variedade, da ordem, da proporção, simetria, contraste, gradação, relação, etc. Finalmente, ela
satisfaz a inteligência revelando, por meio das formas materiais, as realidades espirituais, graças à reta
utilização dos símbolos. Portanto, a arte para ser verdadeira tem que ser veraz e lógica. Não há obra de arte
sem compreensão de algo, e não pode haver verdadeira compreensão se não se obedecem as leis
estéticas."
Ricardo Wagner de Araujo 200710893

carla souza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
carla souza disse...

Não concordo com o autor, principalmente quando ele afirma que a arte é diabolica.
Utilizou varios argumentos e dominio do que estava falando, para ele a arte é culpada por as pessoas não serem fascinadas com a religião como antes, a arte tem apenas o poder de desistabilizar e fazer com que as pessoas reflitam a respeito do que acontece.
" O renascimento separa a beleza do bem. O romantismo foi alem, separando a beleza da verdade. A arte moderna fará a ultima negação, ao repudiar a beleza".
Esse é o maior dos argumentos, pois ele resume tudo o q falou no texto.

Carla Souza, 200610619

Anônimo disse...

Com base no texto de Orlando Fedeli a obra de Márcia X. seria imoral sim.
Utilizo o trecho a seguir para comprovar, ou tentar comprovar, que a obra "O terço erótico" seria considerada imoral, isso, com base no texto " As três revoluções na arte".
O autor diz: “O Renascimento separou a arte da moral, mas respeitou muito as leis da estética, pois super exaltou a relação entre beleza e a razão. Ora, se o decálogo não devia ser respeitado na obra de arte, por que se deveriam respeitar as leis estéticas, muito menos importantes do que os dez mandamentos?"
Exposto isso, a obra de Márcia X. seria imoral, simplesmente por ser Arte Contemporânea, ou seja, pelo simples fato de ser posterior ao Renascimento, assim dando continuidade a falta de moral que o autor prega ter desaparecido com o surgimento do Renascimento.
Diogo 200505006

Yuri disse...

Como já foi dito, a obra "O terço erótico" resignifica o símbolo do terço utilizado no cristianismo. Segundo Orlando Fedeli, apenas a utilização dos símbolos unindo as três características (unum, verum e bonum) poderiam levar a uma arte moral, e portanto católica. A obra de Márcia X. resignifica o terço, símbolo divino, dando-lhe uma conotação sensual e dessa forma afastando-o de seu próposito que é busca pela alegria modesta na oração.
(A resposta deve-se unicamente ao caráter da pergunta feita. Ela não reflete necessariamente a opinião de seu autor.)
Yuri Kotke Cunha
200717626

Anônimo disse...

Anna Débora Cosme da Silva
200606158

=/ Professor to um pouco atrasada mas espero que minha resposta ainda valha.
Essa passagem resume muito bem a moralidade: "A arte verdadeira, pois, tem que ser moral, levando a vontade a amar o bem. Uma obra imoral não é verdadeiramente artística".

Bom eu achei duas passagens com a qual poderia considerar a obra do terço imoral e explico o porque abaixo de cada uma.

"Uma coisa é tanto mais bela quanto mais claramente sua forma demonstra o que ela é. Assim como Deus é aquele que é, assim também quanto mais uma coisa é claramente o que deve ser, mais ela é bela".
- Aqui está bastante claro o porque: o terço erótico não demonstra claramente o que é (apenas um terço) mas sim um símbolo sexual (forma do pênis moldada com o terço pelo artista), sendo assim, ele não é belo pois não está em sua forma.

"A Arte Moderna é diabólica".
- Se o que é moral leva a vontade a amar o bem e a arte moderna é diabólica então, ela é imoral, já que o diabo representa o mal e não o bem.
Como no texto com o passar do tempo a imoralidade aumenta, então na contemporaneidade da obra do terço a imoralidade é maior ainda, sendo assim, a obra é imoral!

Anônimo disse...

Com base em que argumentos do texto “As três revoluções da arte”, de autoria de Orlando Fedeli (que é ferrenho defensor do Catolicismo Ultra-tradicionalista), a obra “O Terço Erótico” (v. Décima Questão) seria imoral?

Não considero a obra do terço erótico imoral, mas para Orlando Fedeli , o terço é imoral perante os dogmas da igreja católica em que é ferrenho defensor, por que vai na contramão a tudo que a igreja prega. O terço é uma representação sagrada, e isso foi, é, e continuará sendo.
É no estilo gótico que o autor baseia seus argumentos. É o que mais fala de Deus, o mais católico dos estilos. Pureza nas formas materiais, serenidade na alma, majestade no conjunto, são alguns dos valores que a igreja defende. É da essência do gótico falar de Deus e do Céu. Esse estilo respeita as leis da moral e procura incentivar os homens à virtude. No gótico encontra-se por toda parte pudor, recato, pureza. Nele não há excessos, exageros, tudo é equilibrado. O gótico incentiva o bem e a verdade. Neste estilo podem ser encontrados simbolicamente a justiça, a caridade, a esperança e principalmente a fé, porque tudo no gótico fala de Deus e conduz a Ele.
Não podia basear-se no estilo flamejante, pois este nega o amor a Deus nos valores espirituais e transcendentais, procura sua felicidade apenas nas criaturas. Procura o puramente agradável, de início, e depois o mero prazer sensual. Neste estilo as ogivas das igrejas foram se abaixando e alargando cada vez mais, até desaparecerem numa horizontalidade chapada, símbolo do apego terreno e da falta de impulso para o céu.
Logicamente, a Renascença era contra todos os seus princípios, rebelando-se contra a cosmovisão teológica medieval. Colocou o homem no lugar de Deus (antropocentrismo), ser contingente no lugar do Ser Absoluto, abandonando a fé na igreja. A Arte estava despojada de sacralidade.
200606360 – Vera Lúcia das Chagas Faustino Alves

Anônimo disse...

Orlando Fedeli diz "A arte moderna é uma arte que, repudiando
o ser, renega a Deus e o próprio homem, que é a sua imagem","A Arte Moderna é diabólica";cita Hans Sedlmayer,ao afirmar que a arte moderna "É um pensamento que renunciou totalmente à lógica, uma arte que renunciou à estrutura,uma ética que renunciou ao pudor,um
homem que renunciou a Deus".Creio que essas passagens mostram a o pinião de Fedeli de que a obra "O terço erótico" é imoral.

CAROLINE MICHELLE FIGUEIREDO PEREIRA

200606174

Unknown disse...

De acordo com a an´lise do autor Orlando Fedeli a Renascença período em que se fez culto ao homem e negação ao Bonum (no texto considerado o mesmo que negação á Deus), os bens supremos que antes seriam valores naturais divinizados agora seriam postos de lado. O homem estaria conformado e contente pela sua expulsão do paraíso, o movimento seria no caso considerado imoral por negar a moral verdadeira. E por isso separaria a arte da mesma moral. No evento, a obra “O Terço Erótico” posto em questão estaria, de acordo com Fedeli, indo de encontro a toda a sacrilidade do universo.


ANDREIA MELO
200610597

Anônimo disse...

De acordo com o que o autor cita e defende acerca da verdadeira obra de arte,obviamente os terços eróticos seriam-lhe uma ofença uma vez que o mesmo argumenta em prol do religioso defendendo a tese de que a arte deve ser uma bela representação e esta por sua vez deve mostrar-se como sendo um reflexo divino.Para Orlando Fedeli,uma obra como os terços mostraria-se imoral que,consequentemente,não lhe seria tomado por sendo uma obra de arte já que em sua concepção, a partir do momento que uma obra se revela imoral esta não pode ser tomada por uma obra de arte genuína.
Thais Henrique Ferreira.
Mat.200611062