A obra de arte, repetida muitas vezes, perde, em algum sentido, o seu caráter predominantemente artístico, virando uma espécie de ícone (tal como de forma semelhante preconizaria Walter Benjamin). Um exemplo disso é a Mona Lisa, a qual, de tanto ser repetida, passamos a não mais prestar a devida atenção aos detalhes do quadro, tanto que facilmente atribuímos à figura cabelos lisos e escorregadios (veja o véu que está sobre a cabeça dela), quando, na realidade, são bem encaracolados. Esse fenômeno é bastante interessante e, por certo, traz conseqüências devastadoras para pensarmos a massificação da arte, a psicologia cognitiva concernente aos eventos esteticamente apreciáveis, entre tantos outros pontos. Abordaremos isso nas aulas.
Um abraço,
TL
Um comentário:
Acredito que isso acontece porque hoje nao temos a oportunidade de apreciar uma obra de arte, como a Mona Lisa por exemplo, ao vivo. Vemos cópias que são divulgadas pela Internet ou através de programas de televisão e acabamos "pasteurizando" as imagens, tornando-as iguais às nossas referências cotidianas, porque nosso estilo de vida é de julgar tudo rapidamente, sem aprofundamento.
Isis de Castro.
200610651
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