sexta-feira, 21 de março de 2008

Oitava Questão de 2008.1

O que se conhece, por si só, parece não possibilitar novos horizontes. Assim, responda se a arte tem algum papel em fazer com que homens-jacaré pulem da água para ver mais longe... Mas será que estão todos dispostos à revolução dos próprios pensamentos?

33 comentários:

L.A.G. disse...

A cada momento, o homem se recria, se modifica num processo histórico pela ciência e com a arte surgida de acordo com a exigencia, influência do seu tempo que encontra o momento presente.
Penso que tudo é convenção .
Muitas coisas criadas no passado ( arte das cavernas , por exemplo ) não foi criada para ser chamada de arte .
Depois da " criação " da história e da " ciência " deram nomes aos bois ...
Hoje se faz arte com consciência de algo que se convencionou chamar de arte .

LEANDRO ALVES GARCIA
200606310

Anônimo disse...

Tomara possam sempre haver "homens-jacaré", que se atrevem a pular da água para ver o que há mais adiante. Richard Bach, em seu livro Ilusões - As Aventuras de um Messias Indeciso, começa com uma linda metáfora citando seres que vivem no fundo do leito do rio e que não se atrevem a desgrudar do leito gosmento e se lançar na correnteza do rio, pois não sabem para onde ela os levará. Quando um "louco" se atreve eles ficam escandalizados, e o "louco" sofre as consequências de seu ato e é lançado contra pedras, tem de buscar seu próprio caminho e sobrevivência e finalmente volta para revê-los e contar suas estórias e é chamado por eles de "Messias", "Iluminado", apenas porque se atreveu e... surpreendendo a todos, voltou. Um Messias vive dentro de cada um de nós. Um homem-jacaré (ou mulher-jacaré...) que quer ver o que há adiante. Osho diz que todos conhecem o caminho da liberdade, mas poucos se atrevem a percorrê-lo, porque liberdade é sinônimo de RESPONSABILIDADE. Por aí...

Isis de Castro.
200610651

Anônimo disse...

Anna Débora Cosme da Silva
200606158

Essa foto ficou muito boa, até parece que o jacaré tava pedindo para que tirassem a foto dele, que queria aparecer.
O que se conhece pode sim possibilitar novos horizontes, sempre existem novos horizontes a serem desvendados e a arte é apenas um meio para isso. Ela faz com que esqueçamos que existem coisas que nos prendem a mesmice e possibilita um novo rumo, um ir além da água.
Porém (sempre existe um porém)nem todos estão dispostos a revolução do pensamento, existem aquelas pessoas que não gostam de sair da água, por serem tímidas, por gostarem de lá, por terem medo e etc. Nem sempre todos estão dispostos a fazer alguma coisa, é extremamente difícil juntar as pessoas e elas quererem a mesma coisa!

Unknown disse...

Não sei se a arte tem esse papel, mas você, valendo-se das suas interpretações, pode achá-lo. É fato que existam algumas pessoas que preferem a ignorância a ter qualquer "trabalho" em aprender. E é fato também que existem outras que não se dão por satisfeitas e fazem do estudo o lazer de todos os dias.

Raphael Dantas, 200606352.

Anônimo disse...

Rodrigo de Paula Pessoa Freitas
mat 200710907

Esta pergunta é bem mais simples do que a anterior. Afinal, creio que, para qualquer um, fica claro que a arte tem o papel de elevar a visão do homem a um outro patamar, a um novo ângulo. É, muitas vezes, forma de se dizer o indizível, de retratar o inconcebível, de provocar reflexão; é um subjetivo atestado dos elementos da épistèmé de um certo período da história. Fazendo uma analogia com a figura, é o impulso que arremessa o jacaré para fora da água, para fora da mesmice.

Edson Lima disse...

A primeira vista, o que conhecemos parece não possibilitar novos horizontes nos deixando na mediocridade da pobreza intelectual. Será que a arte tem o poder de fazer com que os homens se levantem do marasmo em que vivem, ou seja, será que a arte tem o poder de produzir pessoas melhores? Mas, será que estamos dispostos a rever conceitos e formulações, em suma, será que “queremos” ser melhores? Estamos abertos à autocrítica? Feita essa autocrítica reconheceremos que estamos errados? E se estivermos errados, estamos dispostos a rever estes erros? São perguntas que devemos nos fazer, sempre.
A arte tem sim, o papel de nos fazer melhores, já que através da pesquisa, da prática ou da apreciação artística somos estimulados a questionar. A inquietude constante dos artistas é responsável por mudanças significativas no trajeto histórico da humanidade. Assim como o personagem do “Mito das Cavernas” que, tal qual o homem-jacaré, não teve medo do desconhecido.
O que seria da humanidade sem o inconformismo de um Salvador Dali, Pablo Picasso ou Leonardo da Vinci, também homens-jacarés, dispostos a subverterem a ordem natural das coisas, que através da arte tiveram a ousadia de ver mais longe?

Edson Lima
200606239

Anônimo disse...

8 Questão
que se conhece, por si só, parece não possibilitar novos horizontes. Assim, responda se a arte tem algum papel em fazer com que homens-jacaré pulem da água para ver mais longe... Mas será que estão todos dispostos à revolução dos próprios pensamentos?

Sim. Pode ser considerada uma arte, porque conseguiu explicar essa possibilidade através de manifestos e narrativas. Segundo Hegel a apreciação de uma obra de arte deve fazer-se atendendo a dois aspectos fundamentais: 1) O conteúdo da arte; 2) o meio da apresentação. Porque é modo como ambos se relacionam resulta a própria obra. Se um conteúdo for apresentado de duas maneiras teremos duas obras e não uma. Por exemplo, se um artista nos quiser dizer alguma coisa acerca da contingência da existência humana, ele poderá fazê-lo através do drama ou da comédia. Mas, se a escolha de um ou de outro condicionará também a mensagem a ser transmitida. Então, podemos compreender de que um conteúdo específico requer o meio de apresentação adequado a ele, que as coisas que um artista quer dizer só podem ser ditas de certa maneira, que é recorrendo à apresentação. Mas, só por meio da união dos dois que existe propriamente a obra, como também poderá ocorrer estas duas condições. No entanto, indo mais além, não são conjuntamente suficientes para se ter uma obra de arte. Dessa forma, pode-se recorrer a partir da definição de arte parcial, que só deverá ser feita a partir delas. No entanto, devemos perceber um pouco melhor o que é a essência da arte.
Voltando para análise da figura, está apresentando os metamorfos, chamado de Homens-Jacaré. Acredito que reúne os aspectos, acima explicado, porque: (1) se apresenta em um ambiente interessante e realista faz que com todos os outros aspectos da história parecerem reais e convincentes. Muitas vezes a imaginação suprirá os detalhes que tenham sido omitidos pelo observador. Da mesma forma, que um ambiente esquematizado e tedioso prejudicará uma história aceitável. (2) agora já como uma obra de arte, pois, representa o número de sem-teto vivendo nas calçadas, praças ou sob viadutos, nas regiões Metropolitanas. Doenças que julgávamos extintas (tuberculose) voltando a matar os pobres, meninos e meninas nas ruas, olhos acesos e aflitos esmolando, que fora desencadeada, surgindo de um fato social: “Fruto de mutações sócio-econômicas, novas espécies de homens, adaptados às contingências da crise, vagam hoje pela maior cidade do País. Sujos, maltrapilhos, famintos, mendigos, multiplicam-se e incorporam novas denominações aos habitantes da cidade. Os membros do enorme contingente que vive sem energia elétrica chamados de homens-morcego, e os que vivem nos charcos ganharam o apelido de homens-jacaré. Quem escava buraco no concreto é homem-caruncho. Os homens-tatu ocultam em suas sepulturas, de homens enterrados vivos, a face mais triste da crise.
Diante disso, perguinta-se onde está a dignidade humana? O seu resgate? Seu reconhecimento? Sua defesa? A sua promoção? Todos esses fatores são condições para a paz. Mas, o que os fatos registram são: o desrespeito da dignidade humana; o alimentar de um processo sócio-cultural-econômico e político de exclusões constituem em atos de violência, dos quais nasce e se alimenta a violência generalizada, que por sua vez torna impossível a paz.
Portanto, esse é cenário é delineado pela trajetória do homem, contudo, existe uma esperança à humanidade. “Não se amoldem às estruturas deste mundo, mas transformem-se”... “Se vocês não mudarem o vosso modo de pensar e agir perecerão todos do mesmo modo’’”. (Rm 12, 2 e Lc 13, 1-3).

Jucélia Maria Emerenciano Rodrigues
Matrícula 200007811

Prof. Lycurgo não pode ir à aula hoje, pois, sofrir um pequeno acidente (cair da escada do meu prédio) e estou impossibilitada de ir a aula, mas digo, que estou de atestado médico.

Obrigada pela atenção depositada.

. : Beleza é Essencial : . disse...

Sim, a arte tem um papel de abertura de horizontes, mas nem todos estão dispostos a isso, pois o que parece facil na arte para alguns de nós é algo incoerente para outros. Abrir-se para isso, que é incontrolavel, é se deixa levar por uma maré estranha, alias de estramentos.
A Arte em si corrompe e cria ilusões, abrir-se a isso é atirar em uma vasta escuridão, uma escuridão maravilhosa, mas é estranha.

. : Beleza é Essencial : . disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
. : Beleza é Essencial : . disse...

Por isso evoluir os pensamentos atraves da arte é algo que causa estramento.

Pammela de O. Lisboa

200611291

Anônimo disse...

Aí vai meu comentário

A arte não faz que homens-jacaré pulem da água para ver mais longe. Ela é o impulso, a catapulta, o estilingue. A meu ver, o que faz o “homem-jacaré” ganhar forças para enxergar mais longe é a força de vontade, é acreditar que pode, é não ficar parado em sua caverna e procurar coisas que o possibilite ver além do que aparentemente se apresenta, é romper preconceitos, barreiras que o impedem de caminhar, é retirar as vendas dos olhos a obstrução dos ouvidos e a mordaça da boca, etc. etc.
Como a arte é para mim uma forma de expressão sublime, pois mexe com meus sentimentos e emoções e me impulsiona a ver além. Para outras pessoas existem outras “catapultas” que as impulsionam. Penso que a arte tem o papel em fazer que eu “mulher-jacaré” pule da água para ver mais longe. Estou fazendo isso agora!

Conceição Oliveira
Matr. 200606204

Anônimo disse...

A própria questão indica a resposta, para que a arte tenha o papel de fazer com que os homens-jacaré pulem da água para ver mais longe é necessário que estes estejam dispostos a revolução dos próprios pensamentos.

Patrícia Cristina 200606344

Anônimo disse...

Não acho que as pessoas estejam interessadas em pensar sobre a revolução dos seus pensamentos. Essas coisas acontecem naturalmente, ao longo do tempo!
Para que problematizar tanto as coisas??!

CAROLINE MICHELLE FIGUEIREDO PEREIRA


200606174

Anônimo disse...

Não sei se somente a arte teria algum papel relevante em fazer com que homens-jacarés pulem da água para ver mais longe. Acredito que para se chegar a este estágio do pulo, o pensamento e suas conseqüências tenham um papel preponderante que a própria arte em si.
Os homens-jacarés são aqueles que usam o pensamento único e criativo. Aqueles que vivem diariamente numa luta constante para não mesmificar-se, não se misturando. Aqueles que têm vontade própria, que querem tirar a cabeça de dentro da água, querem ver o outro lado, querem sair da banalização e sabem onde quer chegar.
Se tivesse ficado “ruminando’, não teria mostrado seu estilo. Forma única e original de ser. Segundo Nietzsche: o estilo deve provar que o sujeito acredita em seus pensamentos, e que não apenas os pensa, mas sente”.
Finalizando, o homem-jacaré é todo aquele que vive a vida em condições extremas. No pensamento nietzscheano , os valores estabelecidos surgiram em algum momento, em algum lugar; novos valores podem ser estabelecidos a qualquer momento, em qualquer lugar. O desejo de ultrapassar o próprio destino, enfrentando-o, leva os heróis a transgredirem os limites da existência, desafiando os valores estabelecidos.
200606360 – Vera Lúcia das Chagas Faustino Alves

Anônimo disse...

Alex Fontes
200606140

Creio que a visão que temos do mundo é ou aquela que nos é mostrada ou a que buscamos (ou uma junção de ambas).
Sendo assim, os horizontes nos serão extendidos apenas se formos em direção aos seus limites conhecidos.

Se os homens-jacaré subirem e colocarem os olhos fora da água, poderão ver e sentir o que paira sobre eles. Talvez até mordiscar alguma coisa.
Mas para realmente tomar impulso e ir além desse limite (e de tantos outros) é preciso uma grande dose de coragem e atitude voluntária, pois é lidar com desprendimentos. E isto vem antes de a arte ser questionada como fonte de impulso.

A arte PODE influenciar nesses casos, mas há de se ter muito cuidado ao observar isto. Há homens-jacaré (conheço vários) artistas que juram estar voando, quando na verdade rastejam no leito lodoso, bem lá embaixo.

A arte é um caminho, como tantos, para a excelência. Trilhar caminhos tão inóspitos não é pra todos. Pergunte a cem pessoas na rua se caminhariam selva adentro sozinhas. Creio que o resultado seria semelhante, em termos de proporção.

Penso em como seria se a moda pegasse: todos os homens-jacaré saltando ao mesmo tempo, se acotovelando e empurrando em busca de espaço...

Anônimo disse...

As pessoas não se interessam em cogitar pensar em revolucionar seus pensamentos, quanto mais em pensar efetivamente.
Concordo com o que foi dito pela Caroline Michelle Figueiredo Pereira. Pra que complicar o que já é complicado.
Ninguém para e diz: “Hoje vou fazer uma revolução nos meus pensamentos”. Isso é patético. Essas coisas acontecem com o tempo e as pessoas as vezes nem percebem.
Diogo 200505006

Unknown disse...

Professor se o homem não estivesse diposto a enfrentar e a promover revoltas de pensamento estaríamos estagnados. É certo que atualmente a maioria das pessoas está convencionada à ser manipulada por um sistema capitalista. O status e o poder é o que valem. As buscas por inovações e principíos que possam vir de encontro a sua natureza irão excluir o indivíduo do seu meio. Mas felizmente a busca do homem se estende a questionar e a entender suas questões, encontrar e lutar por respostas em beneficíos de uma melhor forma de vida, para ele e para todos.

Unknown disse...

ANDREIA SILVA DE MELO
200610597

Anônimo disse...

VANESSA KALINDRA LABRE DE OLIVEIRA
MAT: 200717600

Na verdade eu acredito sim que o conhecimento é propulsor de novos horizontes, e acho que a arte é capaz de impulsionar novas posições e perspectivas, mas não admito o dever da arte neste sentido. Não acho que a arte deva transformar o homem ou a sociedade, ou o que quer que seja, e não acho que a arte deva ser concebida nesta concepção, a qual julgo positiva. Para mim o grande fascínio da arte está exatamente na possibilidade de. Sendo assim a destitui da obrigatoriedade de provocar, estimular, somar ao outro, talvez se permitindo assim quebrar a premissa inconscientemente intrínseca de subjugar o outro, tomando-o como inferior, ou seja, alguém, o artista, que vê e que precisa fazer o outro, que não é capaz de enxergar além das águas, tomar determinada consciência de algo ou de alguma coisa.
Quanto à revolução dos próprios pensamentos, realmente não são todos dispostos a tal mudança de eixo e reflexão. Por mais complexo e contraditório que seja o argumento, penso que a arte é capaz de não dizer nada, portanto, não ter necessariamente um elemento pedagógico. Em compensação há sempre aquele que procura um motivo em toda forma de representação, de expressão (e acham, você acha o que quiser, é uma questão de argumento, de interpretação). Há os que definam um turbilhão fragmentado de sentimentos, recursos racionais, processos intensos e co-relacionados a uma única palavra. Ver além, quebrar referências e se deparar com o fracasso como o melhor que se pode fazer é desesperador. A tendência é se alicerçar no cômodo, na retórica ou na alienação, me refiro aqui ao não questionamento, a aceitação (sempre).

carla souza disse...

Se todos estivessem dispostos à revolução do proprio pensamento, o mundo não estaria tão igual, as pessoas não buscaria as mesmas coisas (status),não seriam confundidas com objetos.
São poucos os que vão além, os que buscam algo mais, e a arte nos faz ir em busca de uma resposta mesmo que ela não saiba, ela nos da coragem a ser o diferencial da humanidade, a desorganizar o que antes era organizado.

Carla Souza.
200610619

Anônimo disse...

O que se conhece, por si só, parece não possibilitar novos horizontes. Assim, responda se a arte tem algum papel em fazer com que homens-jacaré pulem da água para ver mais longe... Mas será que estão todos dispostos à revolução dos próprios pensamentos?

Penso que é perfeitamente claro que nem todos estamos dispostos à revolução dos próprios pensamentos, porque, para isso, teríamos que nos conhecer (e não seria uma espécie de "mandamento" o conhece-te a ti mesmo?), e esta é uma empreitada deveras difícil, e acima de tudo, perturbadora, e quem sabe,até inalcançável. E a arte pode,sim, desempenhar um papel auxiliador nesse processo, ao fazer-nos pensar sobre o belo, o bom.
Ricardo Wagner de Araujo 200710893

Anônimo disse...

Sou otimista ao ver a arte como propulsora de novos horizontes sim. Mas isso vai depender de que tipo de arte estamos falando. Nesse ponto concordo com Collingwood quando ele faz a divisão de uma arte mágica e uma arte de entretenimento, onde esta ultima está destinada a uma sociedade decadente onde achar que a arte só serve por puro prazer. Já não cabe mais na sociedade tal posicionamento. A arte aparece aí de forma catártica de uma limpeza de algo que estava a muito escondido em nós e é através dela que tomamos consciência do escondido.
E já respondendo a segunda questão, não são todos que estão dispostos a assumirem um novo pensamento, o que existe é uma acomodação por parte do grande público a uma arte destituía de questionamentos, a arte que fomenta reflexões ficou isolada a uma minoria. E não vejo aí a tentativa de um equilíbrio, pelo contrário essa divisão vai se consolidando.

Camila Maria Grazielle Freitas
200717430

Anônimo disse...

ANDRÉ LUIZ RODRIGUES BEZERRA
MAT. 200717405

Não acredito que a função catalisadora, que é tão constantemente evocada, da arte como articuladora de um para além de seja tão sólida como se apresenta. Acredito que a difusão de uma contaminação de códigos na obra possa atrair determinadas perspectivas que se assemelhem a enunciada na questão, porém não creio que devamos nos deter somente ao salto da água e sim nos propor o sorriso cínico dos afogados.
Desta forma a polissemia, o discurso, o silêncio, dentre outros esgarços prolixos, se amontoam na obra e são denotadas-conotadas num espectro multi-sensorial que amplifica o que quer que se queira. “Mamãe qual o contexto da sua metástase?”. O devir entusiástico do contexto poderia ser tomado como argumento, mas acho isso uma patifaria, até para um aluno de teatro.
Contudo depende do tamanho do focinho do porco e o quanto ele está disposto a respirar lama, assim saltar da água e pretender comunicar isto é uma potência possível, mas provavelmente um balbucio sem sentido a audiência (compreenda-se sem sentido a possibilidade de autoria lançada hoje sobre a própria audiência através da performance, da poesia em Mallarmé, dentre outros).
A revolução dos próprios pensamentos, Nietzsche falou disso e foi seguido por He-man e o Caco dos Muppets. Acho, para lembrar lavoura arcaica de Raduan Nassar, que de nada adianta ser simples como as pombas, a pretensão pedagógica fundante desta expressão (aqui me desculpando e esclarecendo a piada da leitura que certos fazem de Nietzsche) não consegue ir além do erro iminente de tentar “auxiliar” o Outro através de uma gestalt de pressupostos interiores.

Anônimo disse...

A arte sem sombra de dúvida faz com que pessoas enxergue mais longe. Ela tem a vantagem de aprofundar-se em sentimentos bons ou ruins, conhecidos ou não que muitas vezes, as pessoas nem sabem que existem e nem assumem que tem. Utilizar o familiar é o primeiro passo,mas precisa-se ir além. Sem pensar o que os outros vão achar, ser livre. Apesar disso tudo, há pessoas que tem medo do novo, de experimentar o novo. Nem todos estão dispostos a revolucão dos pensamentos. Só os insanos e doentes.Tem gente que prefere ser pássaro preso na gaiola do que ser jacaré nas profundidades de um rio. Entende?

Ana Paula Almeida
200610589

Anônimo disse...

Sermos restritos, a visão única de nós mesmos e das poucas coisas que se tornam vistas em nosso cotidiano, é estar preso onde não há possibilidade de algo novo ser notado mesmo quando ele é visto.
Aquele que já viu e percebeu a si mesmo e posteriormente, o que esta ao seu redor, poderá, ao meu ver, estar dispoto a conhecer o "novo" além da "água", a evoluir sua visão e percepção de mundo, ou seja, de pouco adiantaria sair da "água" para ver algo novo quando ainda não se foi capaz de perceber o que há dentro de si e do que o cerca.
A arte somente servirá de impulso primário para sair da água se ela for percebida como A Arte, aquilo que transmite algo, como a vontade de ver e perceber o novo.

Anônimo disse...

Sermos restritos, a visão única de nós mesmos e das poucas coisas que se tornam vistas em nosso cotidiano, é estar preso onde não há possibilidade de algo novo ser notado mesmo quando ele é visto.
Aquele que já viu e percebeu a si mesmo e posteriormente, o que esta ao seu redor, poderá, ao meu ver, estar dispoto a conhecer o "novo" além da "água", a evoluir sua visão e percepção de mundo, ou seja, de pouco adiantaria sair da "água" para ver algo novo quando ainda não se foi capaz de perceber o que há dentro de si e do que o cerca.
A arte somente servirá de impulso primário para sair da água se ela for percebida como A Arte, aquilo que transmite algo, como a vontade de ver e perceber o novo.

Kallyne Ninotcha
200410377

redpoio disse...

Tenho certeza que poucas pessoas são dotados dessa tal "doença". A verdade é que quase todos estão convenientemente adaptados ao conforto ou desconforto de suas vidas e a tendência é continuar assim até haver um bom motivo para mudar, para pensar diferente, e para mim esse deveria ser o dever principal da arte, fazer os expectadores verem mais longe, expandir suas mentes. A arte concerteza tem poder para tanto, só precisar ser bem utilizada, tão bem utilizada quanto a é para manter as pessoas dentro desse lago.

Milton Cobe 200606336

Yuri disse...

Eu acho que termos como "longe" e "perto" perderam o sentido desde que o positivismo lógico foi fuzilado e enterrado em vala comum...
Deixe-me explicar: Mas que diabos é ver mais longe? Quem pode te dizer que você viu mais longe? Quem vai julgar? "Afundar é verdade, mas boiar na superfície também o é" (Beckett). Se não estivermos dispostos a crer que a tal "revolução" dos nossos próprios pensamentos pode não passar de uma masturbação mental muito bem executada, creio que não estaremos revolucionando nada e o que quer que façamos, seja em arte ou em qualquer outra área, já foi feito por qualquer cretino há no mínimo dois mil anos atrás.
O ser humano busca. E se acomoda. Simultaneamente. Os casos não são excludentes. Todos temos hábitos. E todos temos desejos por mais do que temos presentemente, seja no sentido material, espiritual, emocional, etc.
Assim, pular ou não não faz diferença. O juiz disso deve ser você, não um conceito preestabelecido de função ou objetivo da arte ou da vida.
Vasculhe-se. O resto vem com o tempo. Ou não.
Aceite o risco.

Yuri disse...

YURI KOTKE CUNHA
Matrícula: 200717626

norberto disse...

Com certeza a grande maioria tende a ficar acomodada já que o próprio sistema tende a universalizar e uniformizar os pensamentos e atos.
A sociedade atual ao mesmo tempo que permite voce revolucionar seus pensamentos e,ou atos,de outra forma condiciona a vida e o pensar da grande maioria, e quem se atrever a sair da maioria de certa forma será segregado pelo condicionamento dos outros.
A Arte a meu ver tem o papel de elevar o espirito humano além da realidade do momento em que vivemos.

norberto disse...

matricula 200611283

Anônimo disse...

A arte traz consigo desde já uma possibilidade de revolução,ela está no homem,advém de suas entranhas,perpetua-se etérea para aquele que a observa.O dizer do artista não precisa ter sentido pois é divino,traz consigo a sensibilidade para modificar e evoluir o espírito humano.O pensamento e a arte se assemelham pois as duas se encontram em constante mutação,a arte propicia o pensamento e este se deixa levar pela ditosa reverberação artística.O homem,só ele existe,somente nele o gozo estético pode se desenvolver em plenitude,mas somente naqueles dispostos a abraçar o desconhecido,a perceber as nuances
da força delicada presente na incomensurabilidade da potência artistica.Alguns não se deixam invadir e permanecem nivelados com o conhecimento vulgar.Faz-se necessário,dessa forma,um sacrifício por parte do homem para enxergar mais longe e desvencilhar-se do trivial.
Thais Henrique Ferreira
Matrícula-200611062

Anônimo disse...

Não vejo as coisas tão fáceis assim... muitos artistas não querem "olhar mais longe".
Alguns buscam explicar a sua vida (existência)através dos seus trabalhos, outros buscam uma auto-afirmação de suas vidas.

Daniel E. Sonehara Muller