terça-feira, 8 de abril de 2008

Décima Terceira Questão de 2008.1: Arte(sanato) funcional e moralidade

Na sua opinião, qual a diferença entre arte e artesanato? Os tapetes feitos de pele de animais de estimação, como os de autoria de Ondrej Brody, acima expostos, podem ser considerados arte, artesanato ou algum terceiro gênero? É preciso levar em conta questões morais para se determinar a natureza artística das referidas obras? Reflita sobre o assunto e fundamente as suas respostas.

31 comentários:

Anônimo disse...

Ondrej Brody, ta ai mais um, tão ou mais boçal, que Guillermo Habacuc Vargas. Eu fico imaginando, que infância esses dois tiveram?
Será arte? Artesanato? Um terceiro gênero?...Isso é palhaçada.
Ta ai o terceiro gênero: Palhaçada. Não é palhaçada de palhaço sem graça de circo, é palhaçada de não ter mais o que fazer, de ser tão incompetente naquilo que faz ou fez, que do nada resolve fazer, desculpa, uma “cagada”. Tentar classificar isso como arte ou artesanato pra mim, isso é impossível.
Arte isso não é! Artesanato? Alguém ai comprou um tapete dele? Ou um daqueles acessórios feitos de ratos? No site dele não informa nada disso, porque pra ser artesanato alguém tem que querer comprar né? Tem que ter um mercado pra esse “produto artesanal”!
O mais engraçado é que no site desse cara tem lá os projetos dele, e entre os projetos tem um em que ele ensina inglês pra comunidade. Ainda bem que é inglês e não educação moral e cívica.
É preciso ou não, levar em conta a moral para determinar a natureza artística dessas obras? Claro que sim, quando uma pessoa pensa, esse pensar dela vem acompanhado da moral da mesma, ou seja, se eu penso acerca de algo, no meu pensamento estão os meus valores morais, isso com qualquer pessoa. As vezes nem percebemos que estamos fazendo uso dos nossos valores morais, pois esses valores as vezes estão tão presentes no meio em que vivemos, nas pessoas com as quais convivemos, no nosso dia a dia que passa a ser comum demais desse modo passando despercebido.
Não tem como deixarmos de lado nossas questões morais ao tentarmos determinar a natureza artística de uma obra. A moral é parte integrante do caráter do ser humano. Podemos mudar nossa moral, mas não é possível deixar a moral de lado em momento algum.
Diogo 200505006

Anônimo disse...

Com certeza é um terceiro gênero:maldade!
Eu não consigo entender qual a beleza de ter um animal morto como tapete.Penso como seria ver a cara do pobre bichinho e imagina-lo brincando, vivendo sua vida, ao contrário de estar "enfeitando" algum lugar com sua pele morta!

CAROLINE MICHELLE FIGUEIREDO PEREIRA
200606174

. : Beleza é Essencial : . disse...

Questão moral, sei que é a regra de ouro é bem clássica, mas "não faça com os outros aquilo que não quer que seja feito com você" e pronto. (exceto os masa e sadomasoquistas) hauhau

Mas é isso, bem cristão a historia, tenha amor pelas coisas e pessoas e não seja cruel.

Enfim

Pammela de o. Lisboa

200611291

. : Beleza é Essencial : . disse...

Artezanato é uma arte (pelo ponto de vista comum), pois é algo até belo. Mas creio eu que não pode ser considerado uma Arte, grandiosa comaparada, por exemplo, com Picasso.

Evidente que arte é bem diferente das obras artisticas vislumbraveis.

Pammela de o. Lisboa

Anônimo disse...

Anna Débora Cosme da Silva
200606158

Aqui estão minhas considerações separadas por tópicos para cada especificação da questão.
-> Artesanato se refere à produção manual de um objeto, de acordo com heranças culturais, unicamente com a intenção de vendê-lo. Já a arte é um meio de expressão utilizado pelas pessoas, que também pode ter características culturais, mas não com o mesmo sentido.
-> Os tapetes feitos dos animais não podem ser considerados arte nem artesanato, seriam uma terceira opção: assassinato, tal qual o de Vargas!
Porém nas inúmeras feiras de artesanato que existem (a do centro de convenções é uma delas) pode-se encontrar milhares desses tapetes feitos de animais, todos eles bonitos e macios, só não tem a cabeça do animal e muitos compram...
Creio que me contradizo aqui dizendo que os tapetes de animais são considerados artesanato, mas eu não concordo que sejam.
-> Com certeza é preciso levar em questão a moral! Outra pessoa que não concorde com meu pensamento e que aceite que os animais sejam mortos para virarem tapetes, poderia considerá-los como artesanato ou até mesmo como arte.
Depende do que cada um considera moral ou amoral...

Anônimo disse...

Tipo não tem muita informação disponível, acerca de se esses animais foram mortos apenas pra serem transformados em tapetes ou não. Parece-me que eram animais que já haviam sido dissecados por processo de taxidermia, bom foi isso o que encontrei ao pesquisar sobre esses dois imbecis (Ondrej Brody e Kristofer Paetau). Mas isso não abranda em nada a situação! È incorreta tal atitude!
Aqui ta o lugar onde eu achei essa especificação sobre os “tapetes”, ta em espanhol a critica apontada “aos artistas”.
http://www.elclubdetobi.co.cc/2008/03/27/alfombras-hechas-con-perros-y-gatos/

Diogo 200505006

Edson Lima disse...

Arte sanato é um produto com raízes culturais e simbólicas de uma pessoa ou mesmo de um grupo cultural. Não acredito que nehum gupo cultural, tribal, religioso ou sei lá o que, reivindique isso como artesanato. Arte é expessão geralmente individual que pode ter características humanitárias, de pprotesto, pode servir para comtemplaação, adoração, entre outras coisas. Aí já tem coisa parecida acontecendo ( opóprio Vargas). Mas, memsmo assim, como eu não classifiquei a obra de Vargas como arte, também não posso considerar essa "coisa" como arte. A classificação mais adequada seria "ARTERROR".

Edson Lima disse...

E antes que eu me esqueça. A postagem anterior é de Edson Lima, matrícula 200606239.

Anônimo disse...

Rodrigo de Paula Pessoa Freitas
MAT 200710907

Se isso é artesanato, arte ou uma terceira modalidade eu não sei. Na minha concepção, não é arte e tão pouco artesanato. Ou melhor, pode até ser considerado arte de péssimo gosto, assim como o trabalho artístico de Vargas. O que não é crime, é arte! Esse trabalho não é crime pois não mata os animais - creio eu - mas é de péssimo gosto.

Anônimo disse...

Lendo alguns artigos sobre o tema, penso que a diferença básica entre a arte e o artesanato reside exatamente na função e no sentido destes. 'A obra de arte se tornou um objeto que, além de ser visto, pode ser
experimentado pelos outros sentidos. A capacidade de ver e sentir foi
ampliada com a introdução de novas formas, texturas e matérias.
Essa possibilidade de transformar a obra de arte em objeto, passível de ser experimentado pelos vários sentidos, leva-nos a fazer um paralelo com o artesanato, que segundo Octávio Paz, antes de tudo é um objeto para ser visto e tocado'.
"Feito pelas mãos, o objeto artesanal está feito para as mãos: não só
podemos ver como apalpar. A obra de arte nós vemos, mas não tocamos.
O tabu religioso que nos proíbe tocar nos santos(...) se aplica também nos quadros e esculturas. Nossa relação com o objeto industrial é funcional; com a obra de arte, semi-religiosa; com o artesanato, corporal." (Octávio Paz). Como diz Merleau-Ponty: é necessário ver com as mãos e tocar com os olhos.
Então, diante dos conceitos expostos acima, penso que o objeto apreciado na questão poderia ser classificado como arte e artesanato, se isso é possível.
Ricardo Wagner de Araujo

Anônimo disse...

Isso é relativo a quem observa, no meu caso é um souvenir, um artigo de decoração um tapete apenas. Nem arte nem artesanato.
E que natureza artistica, que obra? aonde?



LEILANE ANTUNES
200706357

carla souza disse...

O que é arte para uns, não é para outros...
Concordo com Edson ao dizer que artesanato é algo criado por uma grupo social para simbolizar algo.
Para mim isso não é arte nem artesanato, apenas uma maneira de ganhar dinheiro fazendo algo que poucos fariam: matar animais para que sirvam de tapetes.

Carla Souza
200610619

Yuri disse...

Bem, respondendo a cada uma das perguntas:
-Arte se caracterizaria (conceitualmente) pela "aura" única do objeto de arte, aura esta que foi desmistificada pelo fluxo do século XX. Esses artistas colocam em cheque (com uma proposta, nesse sentido, não muito inovadora) a conceituação da obra de arte graças ao local onde ela é exibida e à semelhança desses tapetes com tantos outros que vemos sem nem pensar sobre eles. Uma proposta neo-dadaísta, conceituada por eles mesmos. As linhas entre objeto artístico (único e intransferível) e o artesanal (feito especificamente para o consumo, apesar de ter características únicas de quem o produziu graças ao caráter manual de sua produção) tornam-se borradas. Mas isso já foi feito pela pop-art e pelo dadá.
-Assim, creio que não haveria classificação de "terceiro gênero" já que os dois primeiros já se encontram por demais indefinidos.
- Quanto à questão moral, note que as ela só aparece nessas obras (essa e o "eres o que lees") em caráter explícito. Ninguém questiona profundamente uma televisão que repete fórmulas viciantes e alienadoras. Porque ela não incomoda. Já essa obra resignifica os nossos atos cotidianos (como comprar uma obra artesanal feita da concha de um crustáceo, por exemplo) e nos põe de frente com a impessoalidade que forçamos esses tapetes e objetos comuns a ter para que não nos pesem na consciência. É impressionante o efeito que essa obra pode causar simplesmente por manter a cabeça dos animais no lugar original. Essa obra, ao contrário da "Eres o que lees", foi feita com um processo comum, aprovado inclusive por nós mesmos quando compramos um objeto assim. O fato de existir crueldade não nos incomoda, ela podemos esconder debaixo do tapete. É a NOSSA crueldade exposta aos nossos próprios olhos que nos faz reagir.
Se formos analisar a moralidade de Lolita, de um livro de Bukowski ou mesmo de autores infantis que têm histórico com pedofilia, como Lewis Carrol ou o autor de Pinóquio, creio que iríamos banir boa parte da "grande" arte que existe hoje em dia.

Yuri disse...

Comentário acima de:
Yuri Kotke Cunha
200717626

Anônimo disse...

Arte e artesanato muitas vezes se confundem. Nem sempre sao a mesma coisa. Sei que artesanato é a capacidade de utilizar materiais ou objetos do dia a dia e dar-lhes novos significados, utilitários ou de decoração, necessariamente totalmente manufaturados, ou seja, feitos com as próprias mãos do artesão. Nesse sentido,o que se apresenta pode ser considerado artesanato, pois trata-se de pegar peles de animais e tratá-las de modo a virarem tapetes (poderiam virar casacos, saias, bolsas, enfim...) Mas nao vejo nenhuma qualidade artistica em objetos feitos de peles de animais, sejam eles domésticos ou selvagens. Só demonstra mesmo que o pior dos animais é o próprio homem, que não valoriza a vida, que mata para "decorar a casa" e isto basta como justificativa. Pior ainda é ter quem compre este tipo de produto. Em nome de fazer algo "diferente", que choque, que vá contra os padrões, que seja exótico, excêntrico, perpetua-se maldades como essa.

Isis de Castro.
200610651

Anônimo disse...

Acredito que ficaria em um "terceiro" gênero. Levando em conta que a arte contemporânea tenta separar artesanato de arte, acho que essa corrente de trabalho deve ficar em alguma área entre as duas formas representativas. Envolve artesanato (habilidade manual) e arte (conceito).

Queria abrir aqui uma outra questão diretamente coorelacionada: Afinal, oq é artesanato?

Pelo que já vi e li em artes, artesanato são trabalhos que procuram habilidades manuais, deixando para trás a idéia por trás da obra. Será que as obras miméticas não ficariam dentro desse contexto? Será que algumas obras de Velázquez, Michelangelo, Delacroix e Rembrandt não seriam oportunamente colocadas como trabalhos meramente representativos?

Não estou colocando nesse comentário que não haja conceito nos trabalhos, mas que, no final das contas, as pessoas acabam se prendendo ao poder mimético-naturalista das obras e se esquecem da idéia por trás das mesmas.

Podemos pensar com isso é coisa de séculos passados, mas o que me dizem dos trabalhos hiper-realistas que estão em alta ultimamente em alguns países?

Nesse caso, sem sombra de dúvidas, a mimese é o que conta.


Daniel Eric Sonehara Muller
200606220

Anônimo disse...

Na sua opinião, qual a diferença entre arte e artesanato? Os tapetes feitos de pele de animais de estimação, como os de autoria de Ondrej Brody, acima expostos, podem ser considerados arte, artesanato ou algum terceiro gênero? É preciso levar em conta questões morais para se determinar a natureza artística das referidas obras? Reflita sobre o assunto e fundamente as suas respostas.

Para o primeiro questionamento: a diferença entre arte e artesanato. Inicio esse questionamento fazendo uma retrospectiva para fazer as análises:

(1) Observa-se no processo evolutivo da raça humana se deu o inicio do artesanato, assim registra-se desde os tempos remotos como uma atividade econômica, motivada pela não existência de trabalhos. Assim, a figura do artesão criava obras feitas à mão e depois essas obras eram copiadas por ele mesmo, com réplicas e replicas. Nesse percurso, abriram-se caminho para uma longa jornada, à medida que o homem inventada e re-inventada instrumentos para poder produzir as suas obras, e assim descobriam processos que aumentava a eficácia da sua produtividade. Dessa forma, pode-se dizer que o artesanato seria o somatório destes elementos. Portanto, o artesanato seria uma figura de manifestação de vida em comunidade e seu trabalho orientado no sentido de produzir objetos de uso do senso comum, inseridos em uma determinada cultura local, seja ela, para uma função utilitária, decorativa ou religiosa.
A minha apreciação para esse questionamento, o artesanato é essencialmente democrático neste campo; é uma arte confeccionada com materiais retirados na maioria das vezes da natureza; comparando com a arte que feita com produtos industrializados como tintas, telas e de dentre outros, e seu grande diferencial é que se admite todo tipo de contribuição.
Com relação ao lado artístico, desperta aptidão latente do obreiro e o intelecto aprimorado. As ferramentas de trabalho apreciadas são: as mãos obedientes a impulsos mentais e inteligentes, pois, deslocam-se a partir da matéria-bruta, de forma grotesca e passiva, convertida da sua imaginação em coisa utilitária e algumas vezes bela. Pode-se dizer, ainda, que é a idéia deseja ter forma. Vale salientar que o povo não faz arte sem interesse ou arte pela arte, mas, não rara, por serem utilitárias, suas peças são bem acabadas, produzidas com capricho e revelam bom-gosto. Além de ser artesão, deve ter habilidade manual, sensibilidade e talento, contribuindo para o desenvolvimento do ser artista. De outro modo, a sua experiência apenas seria artesanal e não passaria de uma fase de formação artística.


(2) Os tapetes feitos de pele de animais de estimação, como os de autoria de Ondrej Brody, acima expostos, podem ser considerados arte, artesanato ou algum terceiro gênero?

Ao analisar esse questionamento é necessário distinguir arte, artesanato, para poder chegar o terceiro gênero. Primeiramente, se partir da premissa de que é uma arte chega-se a produtos industrializados como: tintas, telas, pincéis, molduras, que não é caso em tela. Se apreciar a obra como artesanato, por analogia chega-se ao material que é da própria natureza, pois, é que representa. No entanto, essa obra não foi manipulada, desenhada, pintada, apesar de que na concepção do artista, ele diz: “transformar em um tapete original”, ora para o artesanato, isso é uma peça decorativa. Portanto, ficou a última opção a de terceiro gênero - acho um absurdo se ter um animal de estimação e Ondrej Brody tem a ousadia dizer que “não jogue seu cadáver fora”, que ao meu ver, a questão moral encontra-se aí.


(3) É preciso levar em conta questões morais para se determinar a natureza artística das referidas obras? Reflita sobre o assunto e fundamente as suas respostas.

Sim. É extremamente necessário se contrapor a partir das questões morais. Porque esses animais fizeram parte do cotidiano do individuo, desempenhou o seu papel – fazer alguém se sentir bem, por isso levo para o campo moral.

As análises são:
(i) Se for levada para o campo da arte, a moral desempenha no artista o dever de exprimir seus sentimentos através de sua obra, mostrar a sua visão do mundo, e, além disso, tem que ter um senso estético, por isso, não o julgo uma obra de arte (tapete). Pergunta-se, qual foi o sentimento externado por esse artista? Que visão de mundo ele quer mostrar?
(ii) Do outro lado, se julgada obra artesanato, também, pode levar ao aperfeiçoamento espiritual e moral do artesão. Novamente, chega-se ao terceiro gênero.

Jucélia Maria Emerenciano Rodrigues
Matrícula 200007811

Anônimo disse...

Acredito que podemos fazer uma pequena diferenciação entre arte e artesanato. A Arte é um meio de expressão, é criar, sentir, pensar, às vezes nem conseguir colocar no papel, ou que suporte seja, a idéia anteriormente concebida. É única.
Já o artesanato é uma técnica feita manualmente onde o artesão procura fazer algo de sua cultura, sua região, em grande quantidade para que possa atingir um número maior de compradores. Poderia ser considerado como “Arte Menor”, ramo da Arte que se “ocupa da feitura de objetos em que o fator estético se alia à utilidade prática” (Dicionário Aurélio).
Mesmo sabendo que “Toda merda agora é Arte”, não concebo a idéia dos tapetes serem considerados Arte. Fui alertada pelo Professor, que matança de animais não é assassinato segundo a lei, mas continuo com o mesmo posicionamento: É ASSASSINATO, SIM. ARTE NÃO.
Já pensou se fosse criado esse “terceiro gênero” para justificar esse tipo de coisa. Vou pisar nos calos de alguém: NÃO PODEMOS DEIXAR ESSE TIPO DE COISA ACONTECER. VAMOS TER CONSCIÊNCIA E CENSURAR ESSE TIPO DE COMPORTAMENTO. CENSURA SIM. Temos que detonar.
É preciso levar em conta limites éticos, morais, para se determinar a natureza das obras. Não podemos deixar absurdos como esses acontecerem. Daqui a pouco vão começar a tirar a pele de pessoas (as classes menos favorecidas: mulheres, negros, gays, etc...) se achar a pele do outro mais bonita. Continuo questionando: e aí, vamos deixar alguns loucos, para mim não são artistas, em nome de uma possível arte, fazer o que quiserem.
REPITO O QUE DISSE ANTERIORMENTE: Pior que a censura, é a omissão, é cruzar os braços para as barbaridades da vida. Que expressão artística? assassinato de animais agora mudou de nome?
200606360 – Vera Lúcia das Chagas Faustino Alves

Anônimo disse...

O artesanato seria o trabalho manual, geralmente padronizado, passado de geração em geração, fazendo parte da cultura popular sendo então um tipo de expressão artística da cultura de uma região. A arte é a expressão individual, representação de uma idéia ou conceitos. Os tapetes feitos de peles de animais domésticos seriam considerados de um terceiro gênero, que não sei qual, o do mau gosto talvez, considerando que é preciso levar em conta questões morais para se determinar a natureza artística de referidas obras, e essas questões são bastante variáveis. Não gostaria de ver nenhum tipo de animal transformado em tapete. A classificação do que pode ser considerado arte ou não, é muito subjetiva, pessoal, individual.

Patricia Cristina 200606344

Unknown disse...

Em minha opinião os tapetes de peles de animais do artista Ondrej Brodey não podem ser considerados nem como arte nem como artesanato. Porque para ser arte o artista teria que pelo menos tentar fazer com que o público refletisse sobre suas obras artísticas ali abordadas com uma maneira diferenciada do ponto de vista da sociedade visando demonstrar o seu mundo numa visão mais ampla e distorcida da maioria. Na obra eu só consigo observar matança e sentir dó dos indefesos animais, praticamente se pensa que um matadouro passou por ali... É um local frio.
Poderia até ter ser visto como artesanato, pois quem sabe ele não pensou em produzir as obras pensando na questão de comercializá-las, o que seria ainda mais assustador. Mas até mesmo o artesanato, que pode ou não ser produzido para comercialização, possui influência do folclore e da arte popular como conceito tradicional em cada cultura.
Assim considero que essa "obra" é apenas uma matança de animais e que Ondrej apenas teria o intuito de provocar o público a indignação.
Penso que as questões morais de uma obra artística, com certeza, devem ser levadas em conta, pois possuem a alma, os sentimentos, o mundo do artista ali exposto, os seus sentimentos, as suas angustias individuais, suas partes mais sensíveis... Tudo isso irá fazê-lo diferente da sociedade por suas diferentes e questionadoras idéias e ideais abordados, mas não irá deixá-lo independente de uma forma de vida única (pois ele ainda participa e tem que comungar de um mesmo meio que os outros da sociedade).

ANDREIA MELO
200610597

Anônimo disse...

Artesanato carrega em si o caráter manual de fabricação. Desde a obtenção da sua matéria-prima até o produto final o processo artesanal é manufaturado. A arte por sua vez não tem necessariamente a manufatura da obra, podem existir nela elementos que já se apresentavam pré-concebidos. Outro fator que diferencia o artesanato da arte é a comercialização destes, que no artesanato se encontra com esse fim, enquanto na arte é uma conseqüência.
Fica difícil caracterizar em que se enquadram os tapetes de Ondrej, pois não sei qual a intenção dele em mostrá-los, mas partindo do pré-suposto que os bichinhos já estavam mortos, e Ondrej quis fazer um tapete e vende-los seria artesanato (eu não compraria tal absurdo). Se ele matou os bichinhos para fazer o tapete é assassinato. E arte? Bem... Se sua intenção era a de fazer uma crítica a utilização das peles de animais, como a de ursos para enfeitar os cômodos de casas. Acredito que ele conseguiu atingir seu êxito.
A moralidade está presente em todas as decisões que venhamos a ter, independente de seu caráter. A moral sempre estará dizendo se suas atitudes estão certas ou erradas. A partir desta introdução mesmo aqueles que considerem tais obras enquanto corretas ou erradas antes fazem seu julgamento de moralidade.

Camila Maria Grazielle Freitas
200717430

Anônimo disse...

Eu acho que não devemos nos chocar com algo com o qual já deviamos estar "acostumados", "acostumados",pois não é de hoje que muitos animais são mortos pra servirem de objetos ou iguarias de luxo às pessoas mais ricas. Acho que artesanato, não se restringe só ao que nos encontramos nos centros de cultura popular, mas também engloba todos aqueles que fazem seus quadros só pensando no dinheiro que podem obter com eles. A arte é bem mais que isso, a arte supera isso, quano o que está em jogo, não é o dinheiro que pode resultar de determinada obra, mas a questão levantada pelo artista. Quanto ao gênero da obra em qustão, acho que ela não tem gênero, acho que é mais uma forma de protesto do que propriamente uma obra de arte, mas aí vai do que o artista quer passar com ela.

Felipe Cabral de Araújo Fagundes

Matrícula 200500539

claudia maldonado disse...

Quando a fala nos diz que o tapete é feito do bicho de estimação, fica omisso a forma como ele foi feito. Lançando um olhar sobre uma morte inevitável, súbita, e o dono querendo ficar com uma "lembrança" do seu estimado animal, seria a única possibilidade de tal feitura. Se não for este o caso, fica difícil sustentar uma teoria artística diante de tamanha crueldade. Seria como expor a pele de meus entes queridos que já se foram para serem pisadas.
Quanto ao gênero, seria um terceiro. Artesanato esta diretamente ligado a cultura de um povo como forma de respeito a tudo que a natureza lhes dá. Respeito esse que passa pelos animais e que não sendo uma questão de sobrevivência - os esquimós - será tratado com dignidade. acredito que tal atitude é apenas um ato isolado de um ser que pretende se autoafirmar pisando no animais mesmo depois de mortos.
A natureza artística de uma obra deve levar em conta as questões morais, até mesmo para questioná-las com propriedade. Será que se as peles estivessem sendo expostas de forma mais respeitosa à vida que outrora elas abrigaram, não seriam interpretadas com outros olhos?
Será que a decadência moral começa a mostrar seus sinais através da "arte"?

Anônimo disse...

VANESSA KALINDRA LABRE DE OLIVEIRA
MAT.200717600

A diferença entre arte e artesanato na minha opinião é de natureza muito tênue. O artesanato se caracteriza principalmente por ser manufaturado e com fins de mercado, objetivando assim a comercialização do produto. A arte, enquanto definição, traz consigo o caráter estético acentuado e não necessariamente tem como premissa a compra-venda do mercado artístico.
Na verdade, essas definições, na minha opinião, são extremamente metodológicas e superficiais. O artesanato é por si só um objeto artístico, reproduz e dialoga com os signos presente em seu discurso regional, é resignificado pelas mãos do artesão, além de abarcar em suas dimensões estruturas estéticas no que concerne ao processo em que está inserido, à sua contextualização, posicionamento, formas, cores, significantes. O que teoricamente me resta aqui é a diferenciação enquanto comercialização de si, o que eu me recuso a fazer por ser um argumento extremante falho e sem representatividade.
Nesse sentido, os tapetes de Ondrej Brody seriam, por mim, considerados objetos artísticos.
Eu não acredito na moral como parâmetro de definição artística. É natural que nossa análise circunde questões como a moral ou a ética, mas um objeto deve, ao meu ver, ser analisado enquanto representatividade, capacidade simbólica, discurso actante, propulsor de elementos estéticos. Se é positivo ou não, falho, desnecessário ou não, é outra questão, e extremamente pessoal.

Anônimo disse...

ANDRÉ LUIZ RODRIGUES BEZERRA
MAT. 200717405

Creio que na verdade ambos estejam relacionados num plano de significação muito próximo e que possuam um princípio de trabalho criativo e lapidação imbuído em seu fazer. Creio porém que na época em que vivemos, famosa época dos limites borrados, não possa delimitar tão expressivamente o quanto arte e artesanato estão em planos distintos, acredito mais talvez na idéia de que estando co- fundidos na modernidade tardia estas duas mídias traçam diálogos possíveis e similitudes, como no caso dos tapetes, talvez não tão aprazíveis. Desta forma acredito que estes tapetes sejam um “estar a caminho” localizado à margem dos dois enquadramentos oferecidos (arte e artesanato), e nesta perspectiva marginal, considerando novamente os limites borrados, o “estar entre” é também o “estar sujo” daquilo que iminentemente se aproxima, mas jamais chega.
Acredito que determinadas questões morais interfiram sim diretamente na concepção e possibilidade de realização de diversas obras, e creio enquanto artista que o crivo da moral é falho e moldável, porém não dispensável, quando tratamos, por exemplo, de um terceiro que não é capaz de optar ou decidir por estar inserido em uma obra. De qualquer forma como diz Puck: Senhoras e cavalheiros, não vos mostreis zombeteiros; se me quiserdes perdoar, melhor coisa hei de vos dar. Puck eu sou, honesto e bravo; se eu puder fugir do agravo da língua má da serpente, vereis que Puck não mente.

Anônimo disse...

A diferença entre arte e artesanato dá-se na forma como o artista apropria-se da cultura e qual a linguagem usada.
A foto mostra um terceiro gênero de nome não identificado que se entrar em vigor, adeus animais de estimação! É uma forma muito radical de se mexer com "arte" - pelo menos é o que os autores legam.
A moral exige que a arte tenha moral. A vida do homem é cercada de moral, tudo o que faz ou deixa de fazer depende dos vários tipos de morais. Então ter os animais de estimação como tapetes de sala é inaceitável, já que eles são os melhores amigos do homem. Não dá para identificar o propósito da obra. Destruir vidas em nome da arte não vale a pena, está parecendo as Cruzadas matando em nome de Deus. Se brincar, homens seram tapetes de sala em um futuro muito próximo em nome da arte.

Ana Paula Almeida de Oliveira
200610589

Anônimo disse...

Aí vai meu comentário

Arte X Artesanato ou Arte = Artesanato?
Para ser sincera, essa questão há muito vem me incomodando. Ano passado, na Disciplina Cultura Brasileira, a turma de Artes Visuais teve a oportunidade de realizar uma pesquisa com artistas do Bairro de Lagoa Azul, Zona norte de Natal - RN. Uma das questões da pesquisa envolvia a reflexão entre o “Popular X Erudito” e a importância do artista em seu território. A pesquisa de campo tinha o nome de “O ARTISTA DO LUGAR, O LUGAR DO ARTISTA”.
Coordenada pela Profª Lucina Chianca, começamos a refletir no que era feito (artisticamente) pelas pessoas que ali habitavam. Entrevistamos desenhista, bordadeira, artista em gesso, em telha e em vela, pessoas que confeccionavam brinquedos e pintor. Pessoas que têm talento como qualquer outra, mas não teve a oportunidade de mostrar e tão pouco aperfeiçoar em cursos ou na Universidade. Questionávamos: “O que eles fazem, é arte ou artesanato?”. Recentemente estudando sobre Design, pude refletir sobre a finalidade da Bauhaus, por onde já passaram renomados artistas. A definição de sua existência é:
*Novo caráter a relação artífice-artista
*Pregava a produção artística com a industrial, tentando transformar o artesão em produtor industrial.
*Inserir aos poucos o artesanato na indústria, já que este havia sido eliminado da vida econômica com advento da revolução Industrial, e introduzi-lo na vida cotidiana da sociedade moderna.
Isso foi o suficiente para concretizar o que faltava em minhas dúvidas. Não concordo com a essa diferença que é colocada, se assim é feita, chamo-a de discriminação. A Nossa Arte deve ser tão valorizada quanto a Arte Européia. Picasso valorizou a arte africana. Por que tem que vir alguém de “fora” para valorizar a nossa arte?
Quanto aos tapetes de animais de estimação, penso que não são nem um pouco funcionais, visto que ninguém em sua sã consciência vai pisar nesses “tapetes”! Não penso que isso é arte, muito menos artesanato, isso é bizarro! Qualquer dia, as pessoas o “Em nome da arte” vão retirar a pele de seu “parente de estimação” e colocar pendurado em sua parede. Faz-se necessário, diante a atitude como essa que agride o bom senso do espectador, uma ação que impõe mais limites em relação ao “Fazer arte”. Afinal todos nós precisamos de limites, não saímos por aí nus, nem roubando, nem insultando as pessoas, nem agredindo. Essa imagem dos “tapetes de cachorros” me agride, agride meus sentimentos pelos animais, pela criação de Deus. Sabemos que a nossa imaginação é ilimitada, podemos pensar e imaginar o que quisermos, mas quando chegamos ao ponto de realizar, compartilhamos com outros esses pensamentos.
Enfim. Devemos sim levar em conta questões morais ao vermos esses cadáveres de cachorros!!!
OBS. Omiti o termo “natureza artística” e “obras”, pois não considero os tapetes uma obra de arte.

Conceição Oliveira
Matr. 200606204

redpoio disse...

Eu penso que a diferença fundamental entre arte e artesanato é a fundamentação da obra, o conceito na qual ela se apóia. O artesanato é feito com um caráter prático, com um uso específico, enquanto na arte, o que é produzido ocupa um lugar em que possa causar impacto sobre as pessoas. Pela gratuidade realmente é algo imbecil de se fazer, tapetes de animais de estimação ou fazer cachorros morrerem de fome, mas se torna válido na minha opinião se aquilo choca a ponto de causar uma reação positiva nas pessoas, se por deixar um cão morrer de fome, outros 1000 fossem salvos das ruas, já valeria a pena. Os fins justificam os meios.

Milton Cobe 200606336

Anônimo disse...

Isso não é nem arte nem artesanato é algo de muito mau gosto,algo de uma imbecilidade enorme,que não sei de que classificar, só sinto muito como alguém assim se classifica como artista.
mat 200611283

Anônimo disse...

A arte é silenciosa com o intuito de transmitir algo de seu produtor à seu contemplador,ela é capaz de transmitir ao plano concreto algo do espiritual como os sentimentos por exemplo.Já o artesanato,segundo o Conselho Mundial do Artesanato,é toda atividade produtiva que resulte em objetos e artefatos acabados feitos manualmente ou com a utilização de meios tradicionais,com qualidade,destreza,habilidade e criatividade.
Após uma rápida análise da diferença da arte com relação ao artesanato,acredito que tais tapetes não se encaixem em nenhuma das duas atividades citadas,talvez identifique-se com o artesanato porém não julgo nem um pouco de bom gosto.Ou,quem sabe,tal manifestação também possa encontrar sua objetividade na arte,afinal de contas,devo admitir que os tapetes também enquadram-se na concepção do que é criativo ainda que meio macabro,uma vez que assemelha-se com a questão do cão que morre de fome numa exposição e esta forma de executar a arte não anulou o fato de a mesma ser assim considerada(arte).Por falta de uma identidade genuinamente artística ou artesanal não saberia atribuir-lhe definição concreta.
Thais Henrique Ferreira
Mat.200611062

Anônimo disse...

Como sempre, você é o que você lê.
Os animais utilizados foram abatidos num centro de zoonose, como tantos outros milhares, toda semana. Não eram bichinhos de estimação de ninguém. Eles iam morrer assim como morreram, mas tiveram um fim diferente de tantos outros não notados.